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27/09/2003
-
23h05
RAÚL BURGOA
da France Presse, em La Paz
O clima de convulsão social que tomou conta da Bolívia há quase duas semanas se agravou hoje com um atentado com bomba caseira em uma região produtora de coca, que deixou cinco policiais feridos.
O governo tenta persuadir o movimento camponês a dialogar sobre sua oposição à venda de gás a mercados estrangeiros e sobre a exigência do cumprimento de uma requisição com 72 pontos apresentada em 2002, que segundo as autoridades foi atendida em 50%.
Cinco policiais da força de combate às drogas ficaram feridos na explosão da bomba na região produtora de coca de Chapare, centro da Bolívia, informou o vice-ministro do Interior, José Luis Harb.
Os feridos, entre eles um tenente e um cabo, foram levados de helicóptero para cidade de Santa Cruz e em uma primeira avaliação não sofreram nada de grave.
O atentado à bomba aparentemente não afetou a aproximação entre o líder dos protestos, o chefe aymara Felipe Quispe, e os ministros da Agricultura e da Participação Popular, Guido Añez e Mirtha Quevedo, apesar deles ainda não terem conseguido iniciar as negociações para restabelecer a paz no país.
Quispe, chamado de "Mallku" (dignidade na língua nativa), anunciou que não vai negociar em outro lugar que não seja Warisata, uma população andina onde seis pessoas morreram, entre elas um soldado, em confrontos no final de semana passado. Añez, por sua vez, prefere um lugar neutro para negociar.
Apesar deste desentendimento quanto aos detalhes, ambos os lados parecem dispostos a retirar suas "tropas" das estradas de modo simultâneo. No balanço do dia, o porta-voz da Presidência, Mauricio Antezana, disse que as principais vias se encontram liberadas para o tráfego, apesar do Altiplano continuar incomunicável, especialmente nas proximidades do lago Titicaca, dividido pela Bolívia e o Peru.
O atentado em Ishinuta contra um grupo da Força Tarefa Conjunta (FTC) que realizava missões de destruição de plantações ilegais de coca destinadas a alimentar o narcotráfico foi censurado pelo comandante da polícia, general Jairo Sanabria.
O vice-ministro do Regime Interior, José Luis Harb, relacionou a violência em Chapare, região produtora de coca liderada pelo deputado socialista Evo Morales, com o recente retorno do dirigente ao país, vindo da Líbia, para onde viajou por razões não esclarecidas.
Os produtores de coca do Chapare decidem se vão entrar nesta segunda-feira (30) em greve e no bloqueio das estradas convocados pela Central Operária Boliviana (COB) ou se o farão no próximo dia 6.
A COB intimou o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada a renunciar e incentivou os camponeses do Altiplano que bloqueiam as estradas em protesto contra a exportação de gás natural aos mercados estrangeiros sem consulta prévia à população.
Cinco policiais são feridos durante protestos na Bolívia
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da France Presse, em La Paz
O clima de convulsão social que tomou conta da Bolívia há quase duas semanas se agravou hoje com um atentado com bomba caseira em uma região produtora de coca, que deixou cinco policiais feridos.
O governo tenta persuadir o movimento camponês a dialogar sobre sua oposição à venda de gás a mercados estrangeiros e sobre a exigência do cumprimento de uma requisição com 72 pontos apresentada em 2002, que segundo as autoridades foi atendida em 50%.
Cinco policiais da força de combate às drogas ficaram feridos na explosão da bomba na região produtora de coca de Chapare, centro da Bolívia, informou o vice-ministro do Interior, José Luis Harb.
Os feridos, entre eles um tenente e um cabo, foram levados de helicóptero para cidade de Santa Cruz e em uma primeira avaliação não sofreram nada de grave.
O atentado à bomba aparentemente não afetou a aproximação entre o líder dos protestos, o chefe aymara Felipe Quispe, e os ministros da Agricultura e da Participação Popular, Guido Añez e Mirtha Quevedo, apesar deles ainda não terem conseguido iniciar as negociações para restabelecer a paz no país.
Quispe, chamado de "Mallku" (dignidade na língua nativa), anunciou que não vai negociar em outro lugar que não seja Warisata, uma população andina onde seis pessoas morreram, entre elas um soldado, em confrontos no final de semana passado. Añez, por sua vez, prefere um lugar neutro para negociar.
Apesar deste desentendimento quanto aos detalhes, ambos os lados parecem dispostos a retirar suas "tropas" das estradas de modo simultâneo. No balanço do dia, o porta-voz da Presidência, Mauricio Antezana, disse que as principais vias se encontram liberadas para o tráfego, apesar do Altiplano continuar incomunicável, especialmente nas proximidades do lago Titicaca, dividido pela Bolívia e o Peru.
O atentado em Ishinuta contra um grupo da Força Tarefa Conjunta (FTC) que realizava missões de destruição de plantações ilegais de coca destinadas a alimentar o narcotráfico foi censurado pelo comandante da polícia, general Jairo Sanabria.
O vice-ministro do Regime Interior, José Luis Harb, relacionou a violência em Chapare, região produtora de coca liderada pelo deputado socialista Evo Morales, com o recente retorno do dirigente ao país, vindo da Líbia, para onde viajou por razões não esclarecidas.
Os produtores de coca do Chapare decidem se vão entrar nesta segunda-feira (30) em greve e no bloqueio das estradas convocados pela Central Operária Boliviana (COB) ou se o farão no próximo dia 6.
A COB intimou o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada a renunciar e incentivou os camponeses do Altiplano que bloqueiam as estradas em protesto contra a exportação de gás natural aos mercados estrangeiros sem consulta prévia à população.
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