Publicidade
Publicidade
30/09/2003
-
19h13
da Folha Online
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, se reuniu hoje com o secretário de Estado americano, Colin Powell, que o cumprimentou por seus avanços na luta contra o narcotráfico e se declarou "impressionado por seu compromisso com o respeito aos direitos humanos".
Especulava-se que a abordagem do tema dos direitos humanos na Colômbia nesta viagem poderia afetar a ajuda militar e financeira dos EUA ao país. As declarações feitas hoje por Powell, porém, indicam que a ajuda provavelmente não será afetada.
"Fiquei impressionado por seu compromisso com o respeito aos direitos humanos, assim como por seus avanços na luta contra o narcotráfico", disse Powell ao se despedir de Uribe na porta do Departamento de Estado, após uma reunião que durou pouco mais de meia hora.
John Walters, o "czar" antidrogas dos Estados Unidos, também participou da reunião.
Uribe disse que na reunião tinha reafirmado sua determinação de "derrotar o narcotráfico e o terrorismo", e acrescentou que essa luta "não é somente pelos povos da Colômbia e Estados Unidos, mas por todos os povos do mundo".
Powell, respondendo a perguntas, confirmou que tinham discutido a questão dos direitos humanos, e estimou que Uribe tinha colocado o tema "no contexto correto" em seu discurso na ONU.
O presidente colombiano disse que "não se pode derrotar o terrorismo sem um compromisso de respeito aos direitos humanos", mas reiterou seus argumentos contra os informes de alguns grupos que o acusam de violar esses direitos.
"Há alguns informes de organizações que respeito, como Human Rights Watch, mas há outros que não", disse Uribe, sem dar mais detalhes.
Críticas e Plano Colômbia
Uribe tem sido alvo de críticas a um projeto de lei que daria liberdade condicional a rebeldes que aceitarem negociar a paz.
Entre os críticos mais ferrenhos à sua iniciativa de lei estão o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e a Human Rights Watch (HRW), aos quais se uniram essa semana 56 congressistas americanos por acharem que o projeto deixa impunes delitos atrozes cometidos por traficantes e violadores dos direitos humanos.
A tensão entre Uribe e as organizações provocou uma forte reação de repúdio na União Européia (UE) e em organismos como a Anistia Internacional (AI).
O tema dos direitos humanos está diretamente relacionado à ajuda financeira que os EUA enviam à Colômbia, no contexto do principal projeto estratégico de Washington na América Latina, o Plano Colômbia --esforço lançado em 2000, orçado em US$ 7,5 bilhões, para combater o narcotráfico e a guerrilha no país.
Cerca de 3.500 colombianos morrem a cada a ano em decorrência do conflito armado --envolvendo forças do governo, guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita-- que atinge o país há décadas.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o conflito na Colômbia
Powell elogia "compromisso de Uribe com direitos humanos"
Publicidade
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, se reuniu hoje com o secretário de Estado americano, Colin Powell, que o cumprimentou por seus avanços na luta contra o narcotráfico e se declarou "impressionado por seu compromisso com o respeito aos direitos humanos".
Especulava-se que a abordagem do tema dos direitos humanos na Colômbia nesta viagem poderia afetar a ajuda militar e financeira dos EUA ao país. As declarações feitas hoje por Powell, porém, indicam que a ajuda provavelmente não será afetada.
"Fiquei impressionado por seu compromisso com o respeito aos direitos humanos, assim como por seus avanços na luta contra o narcotráfico", disse Powell ao se despedir de Uribe na porta do Departamento de Estado, após uma reunião que durou pouco mais de meia hora.
Reuters - 31.jul.2003 |
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA |
Uribe disse que na reunião tinha reafirmado sua determinação de "derrotar o narcotráfico e o terrorismo", e acrescentou que essa luta "não é somente pelos povos da Colômbia e Estados Unidos, mas por todos os povos do mundo".
Powell, respondendo a perguntas, confirmou que tinham discutido a questão dos direitos humanos, e estimou que Uribe tinha colocado o tema "no contexto correto" em seu discurso na ONU.
O presidente colombiano disse que "não se pode derrotar o terrorismo sem um compromisso de respeito aos direitos humanos", mas reiterou seus argumentos contra os informes de alguns grupos que o acusam de violar esses direitos.
"Há alguns informes de organizações que respeito, como Human Rights Watch, mas há outros que não", disse Uribe, sem dar mais detalhes.
Reuters - 27.mai.2002 |
Alvaro Uribe, presidente da Colômbia |
Uribe tem sido alvo de críticas a um projeto de lei que daria liberdade condicional a rebeldes que aceitarem negociar a paz.
Entre os críticos mais ferrenhos à sua iniciativa de lei estão o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e a Human Rights Watch (HRW), aos quais se uniram essa semana 56 congressistas americanos por acharem que o projeto deixa impunes delitos atrozes cometidos por traficantes e violadores dos direitos humanos.
A tensão entre Uribe e as organizações provocou uma forte reação de repúdio na União Européia (UE) e em organismos como a Anistia Internacional (AI).
O tema dos direitos humanos está diretamente relacionado à ajuda financeira que os EUA enviam à Colômbia, no contexto do principal projeto estratégico de Washington na América Latina, o Plano Colômbia --esforço lançado em 2000, orçado em US$ 7,5 bilhões, para combater o narcotráfico e a guerrilha no país.
Cerca de 3.500 colombianos morrem a cada a ano em decorrência do conflito armado --envolvendo forças do governo, guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita-- que atinge o país há décadas.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice