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03/10/2003 - 15h39

Igreja colombiana negocia libertação de estrangeiros sequestrados

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da France Presse, em Bogotá

Uma comissão da Igreja Católica será criada hoje para se deslocar em breve ao norte da Colômbia a fim de negociar a libertação de sete estrangeiros sequestrados pela guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional) no dia 12 de setembro, na Sierra Nevada de Santa Marta.

A criação dessa comissão foi acertada ontem, em encontro de sete horas entre o arcebispo da cidade de Medellín, monsenhor Alberto Giraldo, e o sacerdote Darío Echeverry com os porta-vozes detidos do ELN, Francisco Galán e Felipe Torres.

A missão será integrada só por representantes da Igreja, possivelmente por Echeverry e outros delegados, que serão nomeados pelo presidente da Conferência Episcopal, cardeal Pedro Rubiano.

Giraldo disse que a comissão constatará o estado de saúde dos sequestrados e buscará provas de sobrevivência, enquanto se busca a libertação.

O monsenhor afirmou que, ao que parece, os reféns estão bem, segundo o que pôde deduzir do encontro com os chefes rebeldes realizado na prisão de alta segurança de Itagüí, próxima a Medellín (400 km ao noroeste de Bogotá).

"É preciso orar, pedir e buscar, mas levando em consideração que a saída deve passar pelo caminho do diálogo (...) A atitude dos porta-vozes do ELN é boa. Saímos com uma luz de esperança", disse Giraldo.

Os representantes da Igreja acrescentaram em que é necessário preservar a segurança dos reféns, que são procurados desde o início do sequestro por mais de 1.500 homens do Exército.

"A operação prossegue, a decisão é de não suspendê-la. Há um bom dispositivo e há uma decisão total de resgatá-los. As indicações são de que o mais importante nestes casos é a vida dos sequestrados", disse o comandante das forças militares, general Jorge Mora.

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, pediu ao ELN que solte os reféns e inicie uma negociação de paz, e ofereceu a libertação de Galán e Torres se estes forem a favor do eventual diálogo.

Os sequestrados são o britânico Mark Henderson, a alemã Reinhilt Weigel, o espanhol Asier Huegun e os israelenses Beni Daniel, Ortaz Ohayon, Ido Joseph Guy e Erez Altawil, quando visitavam as ruínas arqueológicas da Cidade Perdida, na Sierra Nevada.

Outro britânico, Matthew Scott, 19, conseguiu escapar no mesmo dia e, depois de perambular 12 dias pela região,foi encontrado por indígenas e entregue ao Exército, para em seguida viajar para Londres.

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