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Países do oceano Índico fazem exercício de alerta de tsunami
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da Folha Online
O cenário parecia dolorosamente comum. Sirenes foram ativadas, pessoas foram as ruas e os alto-falantes de mesquitas orientaram moradores de Banda Aceh, capital da Província de Aceh, na Indonésia a buscarem refúgio. Desta vez, o alerta foi parte de um treinamento regional organizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em todo o oceano Índico.
A ideia era testar os sistemas de alerta e a preparação geral das nações na região. Participam do treinamento: Austrália, Bangladesh, Cingapura Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, Maldivas, Maurício, Moçambique, Mianmar, Omã, Paquistão, Quênia, Seicheles, Sri Lanka, Tanzânia e Timor Leste.
Hotli Simanjuntak/Efe | ||
Homem corre com seu filho nos braços em Ule Lhuee em uma simulação contra tsunamis na Indonésia |
O exercício simula o terremoto de magnitude 9,15 que atingiu Aceh em 26 de dezembro de 2004 e provocou um enorme tsunami que matou cerca de 230 mil pessoas. O tremor atingiu principalmente Indonésia, Tailândia, Sri Lanka e Índia. Só em Aceh, foram 170 mil mortes.
O tsunami é uma onda gerada por um tremor de terra e que pode viajar a uma velocidade de 800 a 1.000 quilômetros por hora. Perto da praia, a onda fica mais lenta, porém maior, podendo atingir até 10 metros.
Centenas de pessoas participaram da simulação em Aceh.
"Ainda estou traumatizado com o tsunami [de 2004]", disse Halimah, 43, que assistiu ao treinamento, mas não participou. "Se houver outro desastre, prefiro me abrigar na mesquita, para que, seu eu morrer, que morra na mesquita."
A agência de meteorologia e geofísica do governo, em Jacarta, emitiu o alerta simulado de terremoto, por mensagem de texto via celular, e em seguida fez o alerta de tsunami.
Pessoas com ataduras foram levadas em macas, e outras se fingiram de mortas. Uma equipe médica procurou "sobreviventes" na praia, e uma lancha foi enviada a uma ponte que supostamente desabaria. Maquinário pesado foi trazido para ajudar no resgate.
Depois do tsunami de 2004, sistemas de alerta precoce --o que inclui alto-falantes em praias e boias nos oceanos-- foi instalado a um custo de US$ 150 milhões, segundo uma autoridade.
Alguns funcionários pareciam confusos durante o treinamento de Aceh, mas o vice-governador disse que o exercício foi um sucesso, embora tenha alertado para que não se confie demais na tecnologia. A ONU divulgará uma avaliação nos próximos dias.
No Sri Lanka, que teve 31 mil mortos em dezembro de 2004, quase 200 moradores das costas leste e sul simularam uma retirada depois de receber o alerta no telefone celular.
"O exercício durou quase três horas depois do alerta e o resultado foi muito bom", afirmou Gamini Hettiarachchi, diretor dos serviços de gestão de catástrofes.
Vários desastres recentes despertaram dúvidas sobre o estado dos preparativos na Ásia --como foi o caso de um terremoto na ilha indonésia de Sumatra e de uma série de tsunamis em Samoa e Samoa Americana.
Alguns especialistas questionam a eficácia dos sistemas de alerta, especialmente se o intervalo entre o alerta e a chegada do tsunami for muito curto, como seria o caso na Indonésia, que fica numa zona propensa a terremotos.
Com France Presse e Reuters
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