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15/10/2009 - 08h17

Série de ataques contra a polícia deixa ao menos 35 mortos no Paquistão

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da Folha Online

O Paquistão viveu um dia de violência nesta quinta-feira com uma série de ataques reivindicados pela milícia islâmica Taleban contra prédios da polícia na cidade de Lahore. Os três ataques aparentemente coordenados deixaram ao menos 35 mortos, embora agências de notícias reportem até 39 vítimas.

As autoridades paquistanesas disseram ter recuperado o controle do último centro policial no qual ainda havia enfrentamentos com os insurgentes.

Reuters
Forças de segurança correm em direção à academia de cadetes em Manawa depois de um ataque reivindicado pelo Taleban
Forças de segurança correm em direção à academia de cadetes em Manawa depois de um ataque reivindicado pelo Taleban

As forças de segurança paquistaneses lançaram uma operação de rastreamento no quartel-general da polícia de elite na zona de Bedián, após matar oito militantes e sofrer sete baixas, disse uma fonte oficial ao canal Express TV.

Segundo a fonte, as forças de segurança conseguiram resgatar vários reféns em poder dos militantes, que iniciaram esta manhã uma série de ataques contra três importantes instalações da polícia da capital da Província do Punjab.

A agência Efe, que cita fontes policiais, disse que o número de mortos chega a 35 --incluindo três funcionários, quinze membros das forças de segurança e dezessete extremistas.

Os ataques começaram às 9h50 hora local (0h50 no horário de Brasília), quando um grupo insurgente atacou o escritório de investigação federal (FIA), fazendo vários reféns, até que a polícia retomou o controle da situação.

De acordo com a fonte consultada pela Efe, esse primeiro ataque causou a morte de cinco pessoas do centro --três funcionários e dois policiais--, além de quatro extremistas mortos pelas forças de segurança. Segundo o canal Dawn TV, um deles foi detido.

Quase simultaneamente, os insurgentes organizaram um duplo ataque suicida, seguido de tiroteio, que causou a morte de seis policiais e feriu outros sete na academia de cadetes de Manawan, uma instituição nos arredores da cidade que já tinha sido atacada em março. Nesta ação morreram também três militantes, além dos dois suicidas.

O dia de violência no Paquistão também registrou outro atentado na cidade de Kohat, na Província da Fronteira Noroeste (NWFP), onde pelo menos dez pessoas morreram e 20 ficaram feridas, entre elas várias crianças, em um ataque suicida contra uma delegacia.

Reação

Os talebans reivindicaram o múltiplo atentado, que já foi condenado pelo primeiro-ministro do Paquistão, Yousef Raza Guilani, e que se soma à nova onda de violência insurgente que afeta o país nos últimos dez dias.

As autoridades ordenaram em Lahore o desdobramento das forças militares. O ministro paquistanês de Interior, Rehman Malik, fez uma chamada à calma, mas as Províncias do país foram postas em situação de máximo alerta.

"Os terroristas serão eliminados a todo custo. A situação está sob controle. Que não se estenda o pânico", disse Malik em declarações emitidas pelo canal Express TV.

Um total de 128 pessoas morreram em quatro grandes ataques que aconteceram nos últimos dias nas localidades de Islamabad, Rawalpindi, Peshawar e Alpuri.

O Exército paquistanês prepara desde julho uma grande operação para atacar bases insurgentes no grande reduto dos talebans no país, a região tribal do Waziristão do Sul (noroeste).

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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