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06/10/2003
-
07h58
da France Presse, em Moscou
O chefe da administração tchetchena pró-russa, Akhmad Kadyrov, ganhou as eleições presidenciais de ontem na Tchetchênia com 81,1% dos votos, declarou hoje a comissão eleitoral tchetchena.
"Kadyrov superou de forma absoluta seus competidores e não pode mais ser alcançado", afirmou o chefe da comissão eleitoral, Abdul Karim Arsajanov, ao anunciar os resultados preliminares oficiais, segundo a agência de notícias Ria Novosti.
As autoridades tchetchenas informaram que a participação da população foi superior a 81%. Jornalistas que acompanharam o pleito colocaram em dúvida os números da comissão, já que em visitas a vários postos eleitorais constataram presença mínima de eleitores.
Os quase 560 mil eleitores inscritos tinham sete candidatos para escolher, mas nenhum deles ameaçavam o favoritismo de Kadyrov.
Kadyrov é visto pela maioria da população local como um títere do presidente russo, Vladimir Putin.
Renúncia
Todos os rivais sérios à Presidência foram alijados do processo eleitoral nas semanas que antecederam as eleições. Alguns renunciaram a candidatura espontaneamente, outros receberam propostas de cargos pelo governo russo --Aslambek Aslajanov, ganhou uma vaga de deputado no Parlamento russo--, e outros simplesmente foram excluídos da lista de candidatos --como o empresário Malik Saidulayev.
A OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Européia) e o Conselho da Europa negaram o envio de observadores para acompanhar as eleições tchetchenas.
Andreas Gross, parlamentar do Conselho da Europa, argumentou que a organização recusou o envio porque "não considerava como verdadeiras as eleições".
Vários políticos russos, como o líder do Partido Liberal, Boris Nemtsov, e organizações de defesa dos direitos humanos classificaram as eleições de "manipuladas" em favor do candidato oficial Kadyrov.
Com a eleição de Kadyrov, a Rússia pretende retirar da cena política da Tchetchênia o líder separatista Aslan Masjadov, eleito em 1997, e atualmente refugiado nas montanhas do país.
Masjadov disse que a resistência ao governo russo e a luta pela independência continuariam após as eleições orquestradas pela Rússia.
O conflito na Tchetchênia já matou dezenas de milhares de pessoas, mas sua solução ainda parece estar distante. Os russos acusam os tchetchenos de ter ligação com terroristas internacionais, mas os principais líderes independentistas negam essa acusação.
Putin fez do pleito tchetcheno parte de sua campanha para mostrar aos russos que o conflito está perto de ser resolvido, pensando na eleição legislativa russa de dezembro.
Seu maior temor é que os tchetchenos cometam atentados em grandes cidades russas. Cerca de 16 mil soldados protegeram os locais de votação ontem.
Especial
Saiba mais sobre o conflito Rússia-Tchetchênia
Kadyrov é eleito presidente da Tchetchênia
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O chefe da administração tchetchena pró-russa, Akhmad Kadyrov, ganhou as eleições presidenciais de ontem na Tchetchênia com 81,1% dos votos, declarou hoje a comissão eleitoral tchetchena.
"Kadyrov superou de forma absoluta seus competidores e não pode mais ser alcançado", afirmou o chefe da comissão eleitoral, Abdul Karim Arsajanov, ao anunciar os resultados preliminares oficiais, segundo a agência de notícias Ria Novosti.
As autoridades tchetchenas informaram que a participação da população foi superior a 81%. Jornalistas que acompanharam o pleito colocaram em dúvida os números da comissão, já que em visitas a vários postos eleitorais constataram presença mínima de eleitores.
Os quase 560 mil eleitores inscritos tinham sete candidatos para escolher, mas nenhum deles ameaçavam o favoritismo de Kadyrov.
Kadyrov é visto pela maioria da população local como um títere do presidente russo, Vladimir Putin.
Renúncia
Todos os rivais sérios à Presidência foram alijados do processo eleitoral nas semanas que antecederam as eleições. Alguns renunciaram a candidatura espontaneamente, outros receberam propostas de cargos pelo governo russo --Aslambek Aslajanov, ganhou uma vaga de deputado no Parlamento russo--, e outros simplesmente foram excluídos da lista de candidatos --como o empresário Malik Saidulayev.
A OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Européia) e o Conselho da Europa negaram o envio de observadores para acompanhar as eleições tchetchenas.
Andreas Gross, parlamentar do Conselho da Europa, argumentou que a organização recusou o envio porque "não considerava como verdadeiras as eleições".
Vários políticos russos, como o líder do Partido Liberal, Boris Nemtsov, e organizações de defesa dos direitos humanos classificaram as eleições de "manipuladas" em favor do candidato oficial Kadyrov.
Com a eleição de Kadyrov, a Rússia pretende retirar da cena política da Tchetchênia o líder separatista Aslan Masjadov, eleito em 1997, e atualmente refugiado nas montanhas do país.
Masjadov disse que a resistência ao governo russo e a luta pela independência continuariam após as eleições orquestradas pela Rússia.
O conflito na Tchetchênia já matou dezenas de milhares de pessoas, mas sua solução ainda parece estar distante. Os russos acusam os tchetchenos de ter ligação com terroristas internacionais, mas os principais líderes independentistas negam essa acusação.
Putin fez do pleito tchetcheno parte de sua campanha para mostrar aos russos que o conflito está perto de ser resolvido, pensando na eleição legislativa russa de dezembro.
Seu maior temor é que os tchetchenos cometam atentados em grandes cidades russas. Cerca de 16 mil soldados protegeram os locais de votação ontem.
Especial
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