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06/10/2003
-
15h18
MIKE PATTERSON
da France Presse, em Ghazni
Dois anos depois do lançamento da operação "Enduring Freedom" (Liberdade Duradoura) que derrubou o regime dos talebans no Afeganistão, 12.500 soldados de uma coalizão internacional --10 mil deles americanos-- enfrentam uma guerrilha mais ativa do que nunca por parte dos chamados "estudantes de religião".
Longe de travar uma batalha direta contra a superpoderosa máquina militar dos Estados Unidos, os talebans multiplicam as operações pontuais contra patrulhas, estrangeiras ou afegãs, bases da coalizão, serviços do governo central e funcionários das várias organizações humanitárias que tentam recuperar o Afeganistão dos 23 anos de guerra.
Desde o início de agosto, seis funcionários de organizações não-governamentais morreram na Província de Ghazni, ao sudoeste de Cabul, perto das áreas mais perigosas do Afeganistão, na fronteira com o Paquistão.
"Os talebans não têm condições de tomar de novo o poder", disse o governador da Província de Ghazni, Asadula Jaled, destacando o "efeito negativo" destes ataques na reconstrução.
Ataques hostis
Desde setembro de 2002, os ataques contra as organizações humanitárias passaram de uma média de um por mês a um a cada dois dias, informou no fim de setembro passado a entidade internacional Care que, assim como as agências das Nações Unidas e outras ONGs, suspende regularmente suas atividades em algumas regiões do país por motivo de segurança.
Para terminar com o círculo vicioso do discurso "não há segurança sem reconstrução, mas não há reconstrução sem segurança", a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos EUA) está disposta a levar o campo de ação da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), que dirige desde agosto, para além da capital, que está sob sua proteção desde dezembro de 2001.
Contra esta guerrilha que atinge principalmente o leste e o sul do país, o Estado-Maior americano afirma que as tropas da coalizão continuarão "matando, capturando e negando qualquer santuário" aos militantes antigovernamentais, que têm a opção de "morrer, partir ou mudar", afirmou recentemente o porta-voz do contingente americano, o coronel Rodney Davis.
"A coalizão cumpriu sua missão que consiste em impedir que as forças anticoalizão alcancem seus objetivos" de desestabilização do governo do presidente Hamid Karzai, acrescentou.
Apenas 35 soldados da coalizão internacional morreram em combate desde o segundo semestre de 2001, de acordo com dados oficiais do exército dos Estados Unidos.
"Ainda há zonas onde estamos mais preocupados com a segurança do que outras e nos concentramos nessas áreas", reconheceu o coronel Davis, destacando os esforços de reconstrução do Exército americano.
Análise: EUA ainda enfrentam o desafio de combater o Taleban
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da France Presse, em Ghazni
Dois anos depois do lançamento da operação "Enduring Freedom" (Liberdade Duradoura) que derrubou o regime dos talebans no Afeganistão, 12.500 soldados de uma coalizão internacional --10 mil deles americanos-- enfrentam uma guerrilha mais ativa do que nunca por parte dos chamados "estudantes de religião".
Longe de travar uma batalha direta contra a superpoderosa máquina militar dos Estados Unidos, os talebans multiplicam as operações pontuais contra patrulhas, estrangeiras ou afegãs, bases da coalizão, serviços do governo central e funcionários das várias organizações humanitárias que tentam recuperar o Afeganistão dos 23 anos de guerra.
Desde o início de agosto, seis funcionários de organizações não-governamentais morreram na Província de Ghazni, ao sudoeste de Cabul, perto das áreas mais perigosas do Afeganistão, na fronteira com o Paquistão.
"Os talebans não têm condições de tomar de novo o poder", disse o governador da Província de Ghazni, Asadula Jaled, destacando o "efeito negativo" destes ataques na reconstrução.
Ataques hostis
Desde setembro de 2002, os ataques contra as organizações humanitárias passaram de uma média de um por mês a um a cada dois dias, informou no fim de setembro passado a entidade internacional Care que, assim como as agências das Nações Unidas e outras ONGs, suspende regularmente suas atividades em algumas regiões do país por motivo de segurança.
Para terminar com o círculo vicioso do discurso "não há segurança sem reconstrução, mas não há reconstrução sem segurança", a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos EUA) está disposta a levar o campo de ação da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), que dirige desde agosto, para além da capital, que está sob sua proteção desde dezembro de 2001.
Contra esta guerrilha que atinge principalmente o leste e o sul do país, o Estado-Maior americano afirma que as tropas da coalizão continuarão "matando, capturando e negando qualquer santuário" aos militantes antigovernamentais, que têm a opção de "morrer, partir ou mudar", afirmou recentemente o porta-voz do contingente americano, o coronel Rodney Davis.
"A coalizão cumpriu sua missão que consiste em impedir que as forças anticoalizão alcancem seus objetivos" de desestabilização do governo do presidente Hamid Karzai, acrescentou.
Apenas 35 soldados da coalizão internacional morreram em combate desde o segundo semestre de 2001, de acordo com dados oficiais do exército dos Estados Unidos.
"Ainda há zonas onde estamos mais preocupados com a segurança do que outras e nos concentramos nessas áreas", reconheceu o coronel Davis, destacando os esforços de reconstrução do Exército americano.
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