Publicidade
Publicidade
Vice-premiê de Israel pede investigação interna sobre crimes em Gaza
Publicidade
da Efe, em Jerusalém
da Folha Online
O vice-premiê israelense, Dan Meridor, contrariou o tom de rejeição total do premiê Binyamin Netanyahu e defendeu em entrevista ao jornal israelense "Haaretz" a criação de uma comissão independente para investigar as alegações da Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) de que seu Exército cometeu abusos durante ofensiva na faixa de Gaza, há dez meses.
"Tenho fé no Exército e é meu dever protegê-lo, proteger seus oficiais e seus soldados. E a ferramenta mais efetiva para isso é uma auto-revisão séria", assegura Meridor em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.
Meridor afirma que a comissão de investigação permitiria ao país proteger-se do "assédio" que sofre desde que, em 15 de setembro passado, o relatório Goldstone, elaborado por um comitê liderado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, apontou a ocorrência de crimes de guerra por parte de Israel e do grupo islâmico radical Hamas durante os 23 dias da operação que causou a morte de 1.400 palestinos, em sua maioria civis, segundo informações de hospitais locais e de ONGs israelenses, palestinas e internacionais.
O relatório foi elaborado a pedido do próprio Conselho de Direitos Humanos e afirma que Israel fez uso desproporcional da força e violou o direito humanitário internacional. O texto porém pondera que o lançamento de foguetes pelos insurgentes palestinos --que motivaram a operação, segundo o governo de Israel-- também configura crime de guerra.
Em um discurso mais parecido com a posição oficial do governo, Meridor disse considerar "parcial" o relatório, mas advoga por uma investigação interna porque "a ameaça é séria".
Na semana passada, o Conselho de Direitos Humanos da ONU respaldou o documento, no qual se recomenda ao Conselho de Segurança da ONU que transfira o caso ao Tribunal Penal Internacional de Haia, caso Israel não averigue as acusações.
"Hoje, com o desenvolvimento do direito internacional, um dos melhores meios de defesa para um Estado é investigar a si mesmo", sustenta Meridor, do partido Likud de Netanyahu.
"A comissão de inquérito que eu espero que seja estabelecida precisa examinar o relatório Goldstone, mesmo que seja parcial e que seu objetivo desde o princípio tenha sido examinar os crimes de Israel e que um dos membros da comissão tenha declarado antes do inquérito que Israel cometeu crimes de guerra", disse Meridor, que é também ministro de Inteligência e Energia Atômica.
O vice-premiê afirma ainda que a comissão deve investigar a aplicação das leis de guerra "ao novo tipo de guerra que se impõem a nós".
O Exército israelense realizou uma investigação interna em abril passado diante de relatos publicados no jornal israelense "Haaretz" de soldados que lutaram na recente ofensiva na faixa de Gaza e que descrevem assassinato de civis inocentes, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa".
Na época, as Forças Armadas israelenses rejeitaram as denúncias como boatos. A investigação concluía apenas que cometeu alguns "erros", como o que conduziu à morte de 21 membros da mesma família.
Ofensiva
Israel lançou em 27 de dezembro uma grande ofensiva contra o grupo islâmico radical Hamas na faixa de Gaza com objetivo declarado de retaliar o lançamento de foguetes contra o território israelense.
Segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, a operação deixou 1.434 palestinos mortos --incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.
Diversos grupos de direitos humanos divulgaram relatórios criticando os dois lados por crimes de guerra --Israel pelo abuso de força em um território populoso e o Hamas por usar humanos como escudos e por atirar foguetes indiscriminadamente contra Israel.
Leia mais notícias sobre o relatório Goldstone
- Netanyahu promete "lutar contra deslegitimação" de Israel
- Israel rejeita acusação do Conselho de Direitos Humanos da ONU
- Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova relatório sobre Gaza
Leia mais notícias internacionais
- EUA já cogitam aceitar eleições em Honduras sem Zelaya
- Rival de Karzai aceita segundo turno no Afeganistão e descarta acordo
- Opinião: Paquistão precisa libertar-se urgentemente do extremismo
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
avalie fechar
avalie fechar