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21/10/2009 - 08h44

Vice-premiê de Israel pede investigação interna sobre crimes em Gaza

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da Efe, em Jerusalém
da Folha Online

O vice-premiê israelense, Dan Meridor, contrariou o tom de rejeição total do premiê Binyamin Netanyahu e defendeu em entrevista ao jornal israelense "Haaretz" a criação de uma comissão independente para investigar as alegações da Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) de que seu Exército cometeu abusos durante ofensiva na faixa de Gaza, há dez meses.

"Tenho fé no Exército e é meu dever protegê-lo, proteger seus oficiais e seus soldados. E a ferramenta mais efetiva para isso é uma auto-revisão séria", assegura Meridor em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.

Meridor afirma que a comissão de investigação permitiria ao país proteger-se do "assédio" que sofre desde que, em 15 de setembro passado, o relatório Goldstone, elaborado por um comitê liderado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone, apontou a ocorrência de crimes de guerra por parte de Israel e do grupo islâmico radical Hamas durante os 23 dias da operação que causou a morte de 1.400 palestinos, em sua maioria civis, segundo informações de hospitais locais e de ONGs israelenses, palestinas e internacionais.

O relatório foi elaborado a pedido do próprio Conselho de Direitos Humanos e afirma que Israel fez uso desproporcional da força e violou o direito humanitário internacional. O texto porém pondera que o lançamento de foguetes pelos insurgentes palestinos --que motivaram a operação, segundo o governo de Israel-- também configura crime de guerra.

Em um discurso mais parecido com a posição oficial do governo, Meridor disse considerar "parcial" o relatório, mas advoga por uma investigação interna porque "a ameaça é séria".

Na semana passada, o Conselho de Direitos Humanos da ONU respaldou o documento, no qual se recomenda ao Conselho de Segurança da ONU que transfira o caso ao Tribunal Penal Internacional de Haia, caso Israel não averigue as acusações.

"Hoje, com o desenvolvimento do direito internacional, um dos melhores meios de defesa para um Estado é investigar a si mesmo", sustenta Meridor, do partido Likud de Netanyahu.

"A comissão de inquérito que eu espero que seja estabelecida precisa examinar o relatório Goldstone, mesmo que seja parcial e que seu objetivo desde o princípio tenha sido examinar os crimes de Israel e que um dos membros da comissão tenha declarado antes do inquérito que Israel cometeu crimes de guerra", disse Meridor, que é também ministro de Inteligência e Energia Atômica.

O vice-premiê afirma ainda que a comissão deve investigar a aplicação das leis de guerra "ao novo tipo de guerra que se impõem a nós".

O Exército israelense realizou uma investigação interna em abril passado diante de relatos publicados no jornal israelense "Haaretz" de soldados que lutaram na recente ofensiva na faixa de Gaza e que descrevem assassinato de civis inocentes, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa".

Na época, as Forças Armadas israelenses rejeitaram as denúncias como boatos. A investigação concluía apenas que cometeu alguns "erros", como o que conduziu à morte de 21 membros da mesma família.

Ofensiva

Israel lançou em 27 de dezembro uma grande ofensiva contra o grupo islâmico radical Hamas na faixa de Gaza com objetivo declarado de retaliar o lançamento de foguetes contra o território israelense.

Segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, a operação deixou 1.434 palestinos mortos --incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.

Diversos grupos de direitos humanos divulgaram relatórios criticando os dois lados por crimes de guerra --Israel pelo abuso de força em um território populoso e o Hamas por usar humanos como escudos e por atirar foguetes indiscriminadamente contra Israel.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
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mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
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