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Rússia aceita proposta sobre enriquecimento de urânio para o Irã
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da Folha Online
A Rússia aceita a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de enriquecer em seu território uma grande parte do urânio oriundo do Irã, anunciou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
A proposta foi acordada em uma reunião no último dia 21 entre o Irã e os Estados Unidos, Rússia e França como parte do diálogo nuclear e tem até esta sexta-feira para ser aprovada por todas as capitais. Os países ocidentais devem aprovar o texto e a expectativa maior está em torno de Teerã, que rejeita as alegações de que seu programa nuclear tem fins militares e diz que não vai abrir mão do que chama de direito inalienável a um reator nuclear.
O acordo estabelece que o país enviará a maior parte de seu urânio enriquecido para a Rússia --o que retira do solo iraniano a maior parte do material necessário para a fabricação de uma bomba nuclear.
"Os especialistas russos participaram no encontro em que foram formuladas as propostas em nome da AIEA. Concordamos com as propostas", declarou Lavrov ao fim de uma reunião com o colega ucraniano Petro Porochenko.
"Esperamos que não apenas o Irã, como todas as partes, os países dos quais depende a aplicação do acordo, confirmem sua aceitação", completou.
O regime iraniano nega que tenha intenções bélicas com o programa nuclear e diz que enriquece urânio apenas para produzir combustível para reatores nucleares de pesquisas, principalmente para produzir isótopos usados para tratar alguns tipos de câncer.
O acordo em debate visa a definir os termos do envio de cerca de 1,2 tonelada de urânio pouco enriquecido à Rússia, onde deve ser enriquecido até 19,75% de pureza --o suficiente para gerar energia e incapaz de produzir armas nucleares. Para fabricar uma bomba atômica, são necessários cerca de 2.000 quilos de urânio enriquecido acima de 90%.
O urânio enriquecido seria então transferido à França, onde seria transformado em combustível nuclear e depois devolvido ao Irã para uso em um reator científico em Teerã. Esse reator funcionava até agora com combustível atômico de fabricação argentina, recebido em 1993 e que está acabando.
O texto estabelece ainda a supervisão da AIEA sobre o processo.
Em troca, o Irã entregaria parte dos 1.500 quilos de urânio que enriqueceu apesar das sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
O Irã está submetido a três séries de sanções do Conselho de Segurança por desafiar os pedidos para congelar o enriquecimento de urânio. As sanções incluem a embargos a todas as transferências de materiais nucleares ou tecnologias que possam ser usadas para a atividade.
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