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16/10/2003 - 11h24

Avião será enviado para resgatar turistas brasileiros em La Paz

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da Folha Online

A Aeronáutica disse hoje que um avião Hércules C-130, com capacidade para 90 pessoas, deverá resgatar 53 turistas brasileiros que não conseguiram deixar a cidade de La Paz, na Bolívia, cujo aeroporto está inacessível desde domingo passado (12), em meio a distúrbios políticos e sociais.

O avião, que deixou o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite de ontem, está na base aérea de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, à espera de ordens para decolar para La Paz.

A Aeronáutica afirmou que os detalhes e o cronograma da operação de resgate são sigilosos.

Em nota oficial, o Itamaraty informou que tomou a decisão de resgatar os turistas brasileiros a partir de informações da Embaixada do Brasil em La Paz.

A operação está sendo coordenada pela Força Aérea do Brasil com o comando geral do Estado Maior das Forças Armadas da Bolívia.

Os 53 turistas brasileiros estão hospedados em hotéis na região de Sopocachi, relativamente ao abrigo das manifestações e perto da Embaixada do Brasil.

Ainda não há informações de como o grupo será transportado do hotel até o aeroporto, em El Alto, a 12 km de La Paz.

Helicópteros teriam dificuldade para operar a mais de 4.000 metros de altitude, declarou um membro da missão diplomática do Brasil em La Paz, que pediu para não ser identificado, segundo a agência de notícias France Presse.

O trajeto terrestre também seria muito difícil. De acordo com a fonte, trechos da via de acesso a El Alto foram dinamitados.

A Varig anunciou ontem a suspensão temporária de seus vôos diários para La Paz. Os vôos terão como destino final Santa Cruz de la Sierra.

Presos

Todos os viajantes que passavam por La Paz no último fim de semana se encontraram de repente presos na convulsão social que atinge o país há um mês.

No centro da cidade, atrás da praça San Francisco, onde se reúnem os manifestantes, a zona turística de La Paz concentra em quatro ou cinco ruas dezenas de hotéis cheios de turistas que foram surpreendidos na segunda-feira (13) com as primeiras manifestações de violência, que tomaram conta da região.

Muitos aproveitaram a aparente calma da terça-feira (14) para comprar na rua algo para comer, porque as lojas continuavam fechadas.

Os hotéis com restaurantes continuam pelo momento servindo cardápios completos e outros improvisaram serviços de comida, mas o desabastecimento é mais perceptível entre os bolivianos.

Mortos

Os confrontos na Bolívia deixaram mais de 70 mortos em um mês, paralisaram o país e isolaram o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, um defensor do livre mercado que assumiu em agosto de 2002 (já havia governado entre 1993 e 1997) e que enfrentou a oposição nos últimos meses ao promover a exportação de gás em condições consideradas por seus adversários desvantajosas para a nação andina.

Agora, que o presidente se mostra disposto a realizar consultas populares sobre o delicado tema do gás, a oposição exige sua renúncia.

Com agências internacionais
 

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