Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/11/2009 - 19h18

Presidente de Israel diz em Brasília que Irã é um perigo mundial

Publicidade

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente de Israel, Shimon Peres, aproveitou sua visita ao Congresso brasileiro, nesta terça-feira, para criticar o governo do Irã e pedir ajuda do governo na luta contra as ações terroristas. Sentado nas cadeiras da Mesa Diretora do Senado, Peres afirmou que a política do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é um perigo mundial.

Sérgio Lima/Folha Imagem
O presidente de Israel, Shimon Peres, durante sua visita oficial a Brasília; ele passará também por São Paulo e Rio nesta semana
O presidente de Israel, Shimon Peres, durante sua visita oficial a Brasília; ele passará também por São Paulo e Rio nesta semana

Ahmadinejad deve visitar o Brasil na próxima semana. "Não quero discutir em território brasileiro com o presidente do Irã, mas achamos que sua política é um perigo mundial. Mas vou falar só do aspecto que toca a Israel. Historicamente o povo iraniano não é nosso inimigo, a religião islâmica não é nossa inimiga, houve época em que já fomos amigos. Mas não posso ignorar que o Irã faz arma nuclear e ao mesmo tempo manda destruir Israel, e isso é contra o tratado da ONU, o direito de viver", disse.

Segundo Peres, o Irã é um risco por ter se aliado a grupos terroristas. "O governo iraniano está se armando, treinando a organização do terror Hamas [grupo radical islâmico palestino] e Hizbollah [movimento xiita libanês]. Com apoio do Hamas dividiu valor que era unido. Fizeram acordo com quem nega a paz. Irã ajuda o Hamas a tratar mal os palestinos", afirmou.

Para Peres, esses conflitos no Oriente Médio podem ser intermediados pelo Brasil. "O Estado palestino precisa de uma voz contra a destruição. Uma voz contra terror, uma voz clara para ter coexistência para a paz. Eu sei que o Brasil nega ameaças de destruição, nega terror e sua voz clara e positiva tem um eco muito alto no mundo inteiro. Sei que o Brasil apóia processo de paz a esses dois povos. Isso é então alternativa única. Árabes e judeus já viveram em paz no passado. Somos de uma mesma família. Irmãos não precisam brigar", disse.

Ao pedir a intervenção do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Peres fez um apelo ao presidente da Síria, Bashar al Assad, para que discutam um entendimento sobre os seus conflitos territoriais.

"Os presidentes de Israel já ofereceram para a Síria devolver terrenos pela paz. A Síria negou começar com negociação direta. Eu chamo daqui o presidente Assad: Vamos entrar numa negociação. Agora. Sem adiar mais, sem intermediários. Agora, imediatamente. A guerra foi precoce e inoportuna. Não podemos permitir que a paz seja tardia e que desaponte", disse.

Peres disse ainda que está disposto a recomeçar a discutir conflitos na faixa de Gaza e fazer concessões "dolorosas" com o governo palestino. "Começamos a negociar com os palestinos apesar de nunca haver um Estado palestino. Israel reconhece o direito dos palestinos a um estado próprio. Me dirijo ao meu colega Abu Mazen [apelido do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas]: vamos continuar com a negociação de paz para poder completá-la, Israel já avisou que está pronta a fazer concessões difíceis e dolorosas. Vamos entrar numa negociação. Agora. Sem adiar mais, sem intermediários.

O presidente de Israel disse ainda que reconhece o direito de um Estado palestino. "Não podemos permitir que a paz seja tardia Começamos a negociar com os palestinos apesar de nunca haver um Estado Palestino. Israel reconhece o direito dos palestinos a um Estado próprio", afirmou.

Cultura

Ao longo do discurso, Peres se esforçou para mostrar intimidade com a literatura brasileira e elogiar programas do governo Lula. O presidente de Israel citou Jorge Amado e até a obra Saraminda, escrita pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para afirmar que o Brasil é conhecido pela tolerância -- seja ela religiosa, cultural --, servindo de exemplo para o mundo.

Peres também disse que o Brasil tem que se orgulhar de ter reduzido em 40% a pobreza no país com o programa Bolsa Família. 'Vim aprender como um país como o Brasil nasce e ascende às alturas. Vim ver como Lula luta contra a pobreza, a intolerância e a visão estreita', disse.

O presidente israelense lembrou ainda da participação do diplomata Oswaldo Aranha na criação do Estado de Israel para destacar a proximidade entre as duas culturas.

O deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) foi escolhido o porta-voz da Câmara e não poupou elogios ao visitante. "Israel é a única e verdadeira democracia no Oriente Médio", disse.

Comentários dos leitores
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
J. R. (1269) 02/02/2010 14h02
Ricardo Perrone ( ) 31/01/2010 23h26 Vc tem razão, mas estão legalmente instalados no escritorio da CIA em São Paulo, com autorização da justiça paulista. A alguns anos um militar libanês de passagem por São Paulo foi seguido e assassinado num posto de gasolina, obviamente ninguém viu e nem sabia de nada. Se ele não fosse ligado à Siria (ainda estavam as tropas por lá) não se poderia dizer que foi a moçada. Esse negócio do governo brasileiro fazer vista grossa ao serviço militar para moleques servirem em Israel tem que acabar. Não dá para ficarem em cima do muro, ou vão para um lado ou vão para o outro. Incrível é que fazem como os batistas, alegando drama de consciência religiosa, para irem matar grávidas na Palestina (kill 2). Lamentável. sem opinião
avalie fechar
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
mauro halpern (120) 01/02/2010 22h36
puxa, o sr Ricardo Perrone me descobriu.
Logo agora que eu estava tentando destruir, como fazemos todos os agentes do Mossad que querem dominar o mundo, toda a correspondencia eletronica favoravel aos palestinos!!
alem disso eu bombardeei o Zelaya com raios cósmicos de micro-ondas! vejam que ele saiu por livre vontade da embaixada, influenciado por potentes raios gama! e saiu sem chapéu!! agora que os hackers do mundo me descobriram, terei que mudar de computador!!!
Senhor Perrone, esta batalha voce venceu, mas eu voltarei. MAIS FORTE DO QUE NUNCA!
sem opinião
avalie fechar
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
hugo chavez (310) 01/02/2010 19h59
O rabino Yitzhak Shapira, que foi detido para interrogatório pelo Shin Bet (agência sionista de segurança) por sua suposta implicação com o incêndio da mesquita em Yasuf, em Nablus, na Cisjordânia ocupada, é responsável pela escola Yeshiva "Od Yosef Chai" em Yitzhar, e é um discípulo do rabino Yitzhak Ginsberg .Gisnberg é considerado por acadêmicos do judaísmo moderno como um importante e original pensador da área do hassidut e da cabala e, além disso, ele é bem conhecido pelas suas visões extremadas diante das "diferenças fundamentais" entre judeus e não-judeus (goys), as quais tem um toque sensível de racismo. No prefácio do livro Torat Hamelech de autoria de Shapira e do rabino Yosef Elitzur, Ginsberg aponta para a necessidade de apontar as tais "diferenças fundamentais" entre judeus e goys "numa época onde nós somos obrigados a conquistar "a terra de israel", (a Palestina) de nossos inimigos, portanto, nós podemos agir "de acordo com as necessidades", dentro do espírito da Tora e então podemos fortalecer o espírito da nação e de nossos soldados." O livro menciona o assassinato de goys na guerra e inclui a seguinte passagem: - Há uma razão para matar bebês (do inimigo), mesmo se eles não violarem as 7 leis de Noé, por causa do futuro perigo que eles possam representar, quando eles irão crescer para tornar-se diabos como seus pais A hedionda e inimaginável atitude de pregar o assassinato de bebês de colo ou gestantes, só pode sair de mentes doentias, mas, já inspirou até camisetas para o exército sionista com a estampa de uma palestina grávida onde se lia "um tiro, duas mortes". Para que esta idéia de punição antecipada possa ser aplicada, é necessário preparar a grande massa, retirando-lhe qualquer vontade à resistência e para tal se conta com a lavagem cerebral diária da "grande mídia", de Holowood e outros que trabalham alinhados com a Nova Ordem Mundial Sionista e seu fundamentalismo religioso. 1 opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (4120)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página