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05/11/2003 - 17h43

Vacina contra a Sars deve demorar pelo menos 2 anos, diz OMS

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da France Presse, em Genebra (Suíça)

Uma vacina contra o vírus da Sars (síndrome respiratória aguda grave) levará pelo menos dois anos para ser desenvolvida e especialistas sanitários precisam se concentrar em medidas de controle para conter uma possível nova epidemia da doença, informou hoje de sua sede, em Genebra (Suíça), a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O primeiro teste clínico de uma vacina experimental pode começar em janeiro, mas seu desenvolvimento demorará mais para ser concluído, informou a OMS em uma declaração que se seguiu a um encontro de pesquisadores internacionais no fim de semana passado, na sede da organização.

"Um ressurgimento da Sars poderá acelerar o processo e resultar numa vacina dentro de dois anos", informou a OMS.

"Se não houver uma grande epidemia de Sars, então a vacina seguirá o clássico caminho de desenvolvimento e não estará pronta até quatro ou cinco anos", acrescentou.

China

As pesquisas sobre uma vacina estão ganhando força na China, enquanto a indústria farmacêutica também faz suas investigações, baseadas em uma forma inativa do vírus, informou Marie-Paule Kieny, diretora da Iniciativa da OMS para Pesquisa de Vacinas.

"Parece que os chineses estão muito avançados e tiveram muito progresso. Eles estão prontos para proceder a testes o quanto antes", disse Kieny.

Os especialistas concordaram em que autoridades sanitárias seriam incapazes de ter uma vacina se houver um ressurgimento da Sars no fim deste ano, depois da epidemia que, até maio, infectou 8.000 pessoas e matou mais de 700 em 32 países.

A OMS já alertou que o vírus da Sars, que se desenvolve em condições similares às que causam a gripe, pode voltar durante o outono e o inverno boreais.

Controle

"Os esforços para desenvolver uma vacina humana segura e eficaz contra a Sars e o nível de colaboração internacional são muito encorajadores", disse o diretor-geral da OMS, Lee Jong Wook.

"Mas em curto prazo, precisamos estar prontos para lidar com o possível ressurgimento da Sars com as medidas de controle que temos: vigilância, diagnóstico precoce, controle de infecção hospitalar, rastreamento dos contatos e [troca de] informações internacionais", disse.

Os especialistas também se mostraram preocupados com a possibilidade de o desenvolvimento da vacina ser retardado caso a Sars não reapareça, o que reduziria a oportunidade de realização de testes com humanos.

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