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14/11/2003
-
13h37
da Folha Online
Aviões e helicópteros do Exército dos Estados Unidos bombardearam hoje alvos perto do aeroporto de Bagdá (capital iraquiana), na terceira noite consecutiva de ataques aéreos. O Iraque está cinco horas à frente do horário brasileiro.
A ação faz parte de uma campanha chamada "Operação Martelo de Ferro", que tenta reprimir os ataques da oposição iraquiana contrariada com a presença dos EUA no país.
Testemunhas disseram a correspondentes da agência de notícias Reuters ter escutado várias explosões nas proximidades do aeroporto de Bagdá, na região sudeste da capital, depois que escureceu.
Membros da resistência
Na noite de ontem, um helicóptero americano Apache localizou e matou sete membros da resistência iraquiana quando preparavam o lançamento de foguetes contra um campo militar dos Estados Unidos perto de Tikrit, afirmou hoje uma porta-voz do Exército dos EUA.
"O helicóptero AH-64 estava fazendo um trabalho de reconhecimento quando observou forças inimigas preparando um ataque, tentando lançar foguetes contra nós", afirmou a major Josslyn Aberle, porta-voz da 4ª Divisão de Infantaria.
"Eles foram localizados do alto. Sete foram mortos e um ficou ferido", declarou Aberle, acrescentando que nenhum escapou.
Tropas terrestres foram enviadas ao local, cerca de 20 km ao noroeste de Tikrit, logo depois do ataque, e encontraram três veículos destruídos, incluindo um carregado com 50 foguetes, segundo a porta-voz.
Perto do local, tropas dos EUA teriam descoberto dois depósitos, um com cerca de 300 foguetes e outro cheio de mísseis, de acordo com a porta-voz.
Pós-guerra
Em 1º de maio, o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou o fim dos principais combates no Iraque, dando início a uma nova fase: a ocupação do território iraquiano.
Desde então, guerrilhas iraquianas contrárias à presença dos EUA no país têm surpreendido a coalizão com ataques e atentados. Na quarta-feira (12), um ataque com um caminhão-bomba contra uma base militar italiana em Nassiriah (sul do Iraque) causou a morte de 32 pessoas --19 italianos (12 policiais militares, cinco soldados e dois civis) e 13 iraquianos.
Foi o mais forte revés contra as forças da coalizão desde o anúncio do pós-guerra, e um golpe ainda pior para a Itália --que ao lado do Reino Unido formou a maior linha de apoio aos EUA na investida militar contra o Iraque.
A última vez que a Itália sofreu uma perda deste nível foi há mais de 40 anos, quando 13 militares italianos foram mortos no Congo, em 1961, durante uma operação de socorro.
Baixas
O número de mortes de americanos no Iraque já supera a quantidade de soldados dos Estados Unidos mortos nos três primeiros anos da Guerra do Vietnã (1965-75).
Uma análise feita pela agência de notícias Reuters a partir de estatísticas do Departamento de Defesa dos EUA mostrou ontem que a Guerra do Vietnã, oficialmente iniciada em 11 de dezembro de 1961, deixou 392 mortos entre o começo de 1962 e o final de 1964, quando os EUA mantinham pouco mais de 17 mil soldados na Indochina.
Ontem, chegou a 397 o número de americanos mortos no Iraque, onde os EUA mantêm 130 mil soldados --o mesmo contingente que havia no Vietnã em outubro de 1965.
Com agências internacionais
Especial
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EUA bombardeiam alvo perto do aeroporto de Bagdá
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Aviões e helicópteros do Exército dos Estados Unidos bombardearam hoje alvos perto do aeroporto de Bagdá (capital iraquiana), na terceira noite consecutiva de ataques aéreos. O Iraque está cinco horas à frente do horário brasileiro.
A ação faz parte de uma campanha chamada "Operação Martelo de Ferro", que tenta reprimir os ataques da oposição iraquiana contrariada com a presença dos EUA no país.
Testemunhas disseram a correspondentes da agência de notícias Reuters ter escutado várias explosões nas proximidades do aeroporto de Bagdá, na região sudeste da capital, depois que escureceu.
Membros da resistência
Na noite de ontem, um helicóptero americano Apache localizou e matou sete membros da resistência iraquiana quando preparavam o lançamento de foguetes contra um campo militar dos Estados Unidos perto de Tikrit, afirmou hoje uma porta-voz do Exército dos EUA.
"O helicóptero AH-64 estava fazendo um trabalho de reconhecimento quando observou forças inimigas preparando um ataque, tentando lançar foguetes contra nós", afirmou a major Josslyn Aberle, porta-voz da 4ª Divisão de Infantaria.
"Eles foram localizados do alto. Sete foram mortos e um ficou ferido", declarou Aberle, acrescentando que nenhum escapou.
Tropas terrestres foram enviadas ao local, cerca de 20 km ao noroeste de Tikrit, logo depois do ataque, e encontraram três veículos destruídos, incluindo um carregado com 50 foguetes, segundo a porta-voz.
Perto do local, tropas dos EUA teriam descoberto dois depósitos, um com cerca de 300 foguetes e outro cheio de mísseis, de acordo com a porta-voz.
Pós-guerra
Em 1º de maio, o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou o fim dos principais combates no Iraque, dando início a uma nova fase: a ocupação do território iraquiano.
Desde então, guerrilhas iraquianas contrárias à presença dos EUA no país têm surpreendido a coalizão com ataques e atentados. Na quarta-feira (12), um ataque com um caminhão-bomba contra uma base militar italiana em Nassiriah (sul do Iraque) causou a morte de 32 pessoas --19 italianos (12 policiais militares, cinco soldados e dois civis) e 13 iraquianos.
Foi o mais forte revés contra as forças da coalizão desde o anúncio do pós-guerra, e um golpe ainda pior para a Itália --que ao lado do Reino Unido formou a maior linha de apoio aos EUA na investida militar contra o Iraque.
A última vez que a Itália sofreu uma perda deste nível foi há mais de 40 anos, quando 13 militares italianos foram mortos no Congo, em 1961, durante uma operação de socorro.
Baixas
O número de mortes de americanos no Iraque já supera a quantidade de soldados dos Estados Unidos mortos nos três primeiros anos da Guerra do Vietnã (1965-75).
Uma análise feita pela agência de notícias Reuters a partir de estatísticas do Departamento de Defesa dos EUA mostrou ontem que a Guerra do Vietnã, oficialmente iniciada em 11 de dezembro de 1961, deixou 392 mortos entre o começo de 1962 e o final de 1964, quando os EUA mantinham pouco mais de 17 mil soldados na Indochina.
Ontem, chegou a 397 o número de americanos mortos no Iraque, onde os EUA mantêm 130 mil soldados --o mesmo contingente que havia no Vietnã em outubro de 1965.
Com agências internacionais
Especial
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