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23/11/2009 - 15h03

Argentina admite veracidade de vídeo sobre "caso da mala"

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da Efe, em Buenos Aires (Argentina)

O governo argentino admitiu nesta segunda-feira a veracidade de um vídeo de 2007 que mostra o empresário venezuelano Guido Antonini Wilson na sede do Executivo pouco depois de terem apreendido US$ 800 mil não declarados em uma mala --dinheiro que, segundo a investigação, vinha do presidente Hugo Chávez para a campanha da então candidata a Presidência Cristina Fernandez Kirchner, que acabou eleita.

Os suspeitos envolvidos no caso alegaram que o dinheiro vinha de uma empresa de petróleo estatal da Venezuela, mas os dois presidentes negaram envolvimento com o episódio. Wilson disse durante o julgamento de um dos envolvidos que, involuntariamente, carregou a mala no aeroporto de Buenos Aires e que não sabia o que havia dentro dela.

Wilson, que tem uma casa em Key Biscayne, na Flórida, cooperou com o FBI (polícia federal americana) e serviu como uma testemunha do governo contra outro empresário venezuelano Franklin Durán.

O vídeo, filmado pelo canal estatal 7, mostra Wilson entre um grupo de pessoas que assistiu a um ato oficial na Casa Rosada em 6 de agosto de 2007 --dois dias depois da polícia apreender a mala com o dinheiro não declarado.

O dinheiro foi entregue a Wilson quando este chegou a Caracas, capital da Venezuela. O dinheiro vinha de um avião alugado pela estatal Energía Argentina (Enarsa) no qual também viajavam funcionários da Petróleos de Venezuela (PDVSA). Um juíz federal investiga o caso como suposta lavagem de dinheiro.

"Eu vi na TV e eu assumo", disse o chefe de gabinete argentino, Anibal Fernandez, que sexta-feira passada (20) havia questionado a veracidade do vídeo. "Eu cometi um erro. Qual é o problema?", disse.

Em sua defesa, Fernandez afirmou que ele foi responsável pela descoberta da tentativa de introduzir o dinheiro no país ilegalmente e que deu a ordem de captura de Wilson já que, na época, era ministro de Justiça e Segurança do país.

Fernández disse ainda que abriu um inquérito para determinar os motivos pelos quais os registros da Casa Rosada, a sede da Presidência, não mostram o nome de Wilson na lista de visitas.

"Revisei todos os controles. Os controles são muito duros para entrar na sede do governo. Eu me preocupei, como ministro de Segurança, em ver os controles e não existiam registros. Então, para mim, ele não havia entrado", justificou.

Fernández disse ainda que está disposto a contestar o argumento da oposição, que o ac uso de encobrir o assunto.

 

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