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Após obter apoio de Lula, Ahmadinejad segue para Bolívia e Venezuela
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da Folha Online
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, partiu nesta terça-feira para Bolívia, próxima etapa de seu giro na América Latina em busca de apoio para seu controverso programa nuclear. Ele deixa Brasília satisfeito com um discurso de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu o direito iraniano a um programa nuclear, desde que tenha fins pacíficos.
Os encontros com os presidentes esquerdistas da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, para onde segue viagem, deve render a Ahmadinejad um apoio ainda mais declarado.
A agenda de Ahmadinejad na Bolívia ainda não foi divulgada. Já a Chancelaria da Venezuela, talvez uma das maiores aliadas de Teerã, afirmou que será uma visita "intensa" de dois dias para fortalecer a "sólida" relação entre os dois países.
"Somos dois povos decididos a construir nosso próprio caminho de independência e de desenvolvimento", disse nesta segunda-feira o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.
O chanceler venezuelano destacou "o esforço do presidente Ahmadinejad para aprofundar as relações produtivas entre ambos os países" demonstrado, segundo ele, "pelos mais de 70 projetos conjuntos existentes".
"Nada pode nos impedir que sigamos desenvolvendo toda a capacidade produtiva entre ambos os países", acrescentou Maduro, que citou os âmbitos energético, industrial e agrário como os principais pontos a serem tratados.
Irã e Venezuela assinaram nos últimos anos cerca de 300 memorandos de entendimento, dos quais quase 80% já foram aplicados, segundo disse na semana passada em Teerã o chefe da diplomacia venezuelana, em uma viagem para preparar a visita do presidente Ahmadinejad. Chávez viajou duas vezes este ano à capital iraniana.
Brasil
No Brasil, o presidente Lula afirmou diante de Ahmadinejad que reconhece o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear "com fins pacíficos" e em conformidade com os acordos internacionais. "O que nós temos defendido há muito tempo é que o Irã possa produzir urânio para desenvolvimento de energia", disse Lula após a reunião que teve com Ahmadinejad em Brasília.
O presidente afirmou ainda que o desarmamento nuclear deve "andar junto" com a não-proliferação. Lula incentivou Ahmadinejad a continuar em busca de "países interessados" em encontrar uma solução para o que chamou de "questão nuclear iraniana".
O presidente iraniano avaliou o papel do Brasil no cenário internacional e assegurou que o país "pode ter um papel ativo" na busca pela paz. Ahmadinejad deu ainda "boas-vindas à presença do Brasil na Ásia e no Oriente Médio", por considerar que o país "pode fortalecer a cooperação" e também "contribuir para a estabilidade" na região.
Lula respondeu dizendo que o Irã pode ter um papel decisivo para conseguir a paz no Oriente Médio e na Ásia Central e que o país será "especialmente importante" para conseguir a "união" dos palestinos, condição prévia para que alcancem a 'liberdade" de Israel.
Antes de Ahmadinejad, Lula recebeu nos últimos dez dias os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
A visita de Ahmadinejad ao Brasil foi bastante criticada, principalmente pela comunidade judaica, por organizações de defesa dos direitos dos homossexuais e por outros movimentos sociais devido à recusa do presidente iraniano em reconhecer o Holocausto, por suas ameaças a Israel e por causa da falta de liberdades no Irã.
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