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27/11/2009 - 04h33

Empregado do Unicef é morto na mesma província de massacre nas Filipinas

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da Efe, em Manila

Um empregado filipino do Unicef foi assassinado a tiros em Maguindanao, a mesma província do sul do país onde na segunda-feira (23) ocorreu o massacre de pelo menos 57 pessoas por uma disputa entre clãs rivais, informou nesta sexta-feira a polícia.

O fato ocorreu na quinta-feira (26) de manhã na localidade de Parang onde Nestor Bulahan, funcionário nos escritórios da agência da ONU na cidade de Cotabato, foi morto com tiros à queima-roupa por um desconhecido que depois fugiu do local do crime.

Há cinco dias, também em Maguindanao, pelo menos 57 inocentes foram mortos num massacre supostamente perpetrado por pistoleiros capitaneados por Andal Ampatuan Jr., filho do governador local.

Ampatuan Jr. foi detido ontem e está previsto que, no sábado, seja formalmente acusado de haver planejado e executado o assalto ao comboio que ia apresentar a candidatura a governador do chefe do clã rival dos Mangudadatu.

Cem homens armados seqüestraram na segunda-feira de manhã cerca de 50 civis que iam apresentar a candidatura a governador provincial de Ismail Mangudadatu, que quer disputar o posto contra Andal Ampatuan, um poderoso "datu" ou chefe tribal muçulmano, temido em todo o sul da ilha de Mindanao.

Os pistoleiros fugiram em direção às montanhas e pouco depois os militares que saíram em sua perseguição começaram a encontrar os cadáveres, vários decapitados ou mutilados.

Algumas dos corpos de mulheres apresentavam sinais de violência sexual e entre os mortos figuram vários advogados de direitos humanos, jornalistas e a mulher e duas irmãs de Mangudadatu, cuja família controla a província vizinha de Sultan Kudarat.

Nos dias que se seguiram foram encontrados corpos em até três valas comuns pela região.

A cerca de seis meses das eleições, que acontecem de maio de 2010, a extrema crueldade do massacre provocou fortes críticas contra a presidente Arroyo por tolerar que o país continue sendo controlado pelos clãs ou dinastias políticas, às que pertencem 160 dos 265 legisladores do atual Congresso.

A Human Rights Watch expressou nesta quarta-feira sua preocupação pela relação pessoal da presidente filipina com os Ampatuan, apoio que lhe rendeu uma arrasadora vitória em Maguindanao no pleito de 2004.

Mais de 900 pessoas foram assassinadas por motivos políticos nas Filipinas desde que Arroyo acedeu ao poder em 2001, segundo o grupo direitos humanos local Karapatan, que atribui a maioria dos casos à guerra suja que lideram as forças de segurança contra os rebeldes comunista.

 

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