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29/11/2009 - 02h29

Zelaya diz que não vai pedir asilo no Brasil nem em outro país

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da Efe, e Tegucigalpa

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse neste sábado que "não é certo" que esteja "pedindo asilo no Brasil, nem em outro país", em entrevista por telefone à Agência Efe da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Um jornal de São Paulo informou hoje da possibilidade que Zelaya estivesse pensando em se exilar em caso de finalmente não recuperar o cargo antes que o candidato vencedor das eleições de amanhã assuma o mandato.

"Essa é uma especulação, não sou um improvisado, tenho 35 anos de luta, não tenho tempo nem espaço para isso, escolhi uma posição que é defender um direito do povo, não o meu mesmo", expressou o presidente deposto.

Zelaya também se referiu às eleições deste domingo em seu país, que rejeita por considerá-las "ilegais" e culpou os Estados Unidos e o regime de fato de Roberto Micheletti de terem feito um acordo para deixá-lo fora da disputa eleitoral.

"As eleições não mudam nada, continua o golpe de Estado em Honduras, estas eleições são ilegítimas e amanhã os resultados do povo são que 50% não vai participar do processo", assegurou.

Ele disse também que quando o resultado das eleições for conhecido, então "os Estados Unidos terão que vir para reconhecê-las e a retificar sua posição ambígua" sobre o golpe de Estado em Honduras.

Acrescentou que não podem ser transparentes umas eleições que não serão observadas pela Organização dos Estados Americanos nem pelas Nações Unidas.

Segundo Zelaya, ele foi deixado fora do processo porque seus adversários sabem que há prefeitos, vereadores e deputados que o apoiam e "que estão sendo reprimidos pelos militares, mas o mundo está guardando silêncio sobre isso".

O presidente deposto considerou também que "a participação dos Estados Unidos" apoiando as eleições "não é crível".

"Eu sempre continuarei lutando para derrotar esta ditadura", enfatizou Zelaya, que, enquanto as votações estarão acontecendo, disse que estará "ocupado com algumas coisas", que não disse quais são.

 

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