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01/12/2009 - 17h50

Ahmadinejad diz que sanções contra Irã são "pressão psicológica"

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da Reuters, em Teerã

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta terça-feira que o Ocidente não pode isolar o Irã por causa de suas atividades nucleares e que as sanções aplicadas contra o país serão ineficazes. "Ameaçar isolar o Irã é uma guerra psicológica lançada pelo Ocidente... O Irã é um país único... e nenhum país pode isolá-lo", disse Ahmadinejad à televisão estatal.

O presidente iraniano também afirmou que não há necessidade de manter negociações com o Ocidente, pois "a questão nuclear do Irã foi resolvida". "Não vamos dialogar sobre o assunto. Não há necessidade de negociações", disse Ahmadinejad.

Ele disse que as sanções não terão efeito sobre o seu país e qualquer agressão ao Irã sofrerá consequências. "As sanções contra o setor energético do Irã não vão funcionar... Em uma semana podemos produzir a gasolina que importamos do exterior, se houver sanções contra nós", disse.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) aprovou uma resolução na sexta-feira (27) censurando o Irã por construir secretamente uma segunda usina de enriquecimento de urânio perto da cidade de Qom. A agência pediu a suspensão da construção. A planta de Natanz é monitorada pela AIEA.

Teerã intensificou a tensão com o Ocidente no domingo (29), ao anunciar planos de construir mais dez usinas de enriquecimento de urânio em uma retaliação à resolução da AIEA --que foi apoiada por Rússia e China.

Os Estados Unidos e seus aliados europeus temem que o Irã use seu programa de energia nuclear para a construção secreta de bombas e não para a geração de energia elétrica. Teerã alega que seu programa tem fins civis e pacíficos.

Comentários dos leitores
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
J. R. (1256) 30/01/2010 08h52
Seria até possível forçar o Irã às inspeções caso Israel também se submeta a inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em todas as suas instalações de Dimona e militares. Assim o mundo ficaria mais tranquilo ao saber que não estão escondendo armas de destruição em massa, do mesmo modo que o Irã. Obviamente a comissão da AIEA tem que ser formada por representantes de todas as partes, não apenas os escolhidos a dedo pelos U-S-A. A paz exige sacrifício e determinação. sem opinião
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eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
eduardo de souza (628) 24/01/2010 19h07
Não acredito que por em risco sua própria gente será barreira para os "adoradores do caos". A Espanha acena que esta fora dos conflitos pesados, a China só vai obeservar, outros países também terão lucidez e cairão fora. Sobrará a batata quente para aqueles que a "fornaram", e terão que arcar com seus atos, pois o que enfrentarão já derrotou outros impérios no passado. O Irã não é qualquer um não. Quem viver verá. 3 opiniões
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J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
J. R. (1256) 20/01/2010 07h29
O assassinato do físico nuclear iraniano Masud Ali Mohammadi, engajado ao movimento nacionalista iraniano, obviamente foi obra da Cia e Mossad, pelas caracteristicas, embora neguem até o fim como sempre fazem. Com esse ataque terrorista agora deverá ocorrer uma espécie de "caça às bruxas" na Universidade de Teerã, e talvez esse seja, além de
assassinar o professor, o objetivo final da ação, que é dividir internamente o Irã. Como os U-S-A divulgaram recentemente, o que está ocorrendo de fato agora é uma aceleração do programa nuclear do Irã. Pelo andar da carruagem os U-S-A sabem que já não podem mais promover uma guerra convencional contra o Irã, pois poriam em risco suas tropas.
Agora só resta uma saída: tentar minar e derrubar o atual governo iraniano através de ações de terrorismo e sabotagem, o que parece ser algo impossível e só serviria para massacrar ainda mais a oposição. O lider religioso Khamenei fala abertamente que "Todas as partes com tendências diferentes devem se distanciar claramente dos inimigos, em particular as elites influentes, que devem também se abster de fazer comentários ambíguos", o que não deixa de ser o início do combate à influência dos U-S-A sobre a classe média iraniana, e uma nova revolução está em curso para solidificar a atual.
33 opiniões
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