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Morales focou governo em nacionalizações e defesa da coca; veja cronologia
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da Efe, em La Paz (Bolívia)
Os bolivianos vão às urnas neste domingo para eleições gerais com Evo Morales, o primeiro presidente indígena do país, como amplo favorito nas pesquisas de intenção de voto. Seu primeiro mandato foi marcado pelas propostas nacionalistas e o duro confronto com a oposição, que acabou derrotada em um referendo que ratificou a eleição de Morales.
Veja os principais acontecimentos do governo Morales
2005
18 de dezembro: Morales, à frente do Movimento ao Socialismo (MAS), ganha a eleição presidencial com maioria absoluta (53,7%). Ele já havia concorrido, sem sucesso, nas eleições de 2002.
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2006
22 de janeiro: Morales assume a Presidência da Bolívia como primeiro líder indígena do país.
1º de maio: Ele decreta a nacionalização dos hidrocarbonetos, o primeiro passo de várias medidas de nacionalização --uma das suas principais promessas de campanha.
Mariana Bazo-2jul.06/Reuters |
Presidente boliviano, Evo Morales, observa cédula em seu povoado |
2 de julho: O governista MAS vence as eleições pela Assembleia Constituinte com 50,7% dos votos. Um referendo sobre a aplicação de um regime autônomo nos Departamentos (Estados) resulta na vitória do "não" em cinco deles e do "sim" em outros quatro: Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija.
6 de agosto: A Assembleia Constituinte é instalada em Sucre, a capital constitucional e sede do Judiciário na Bolívia.
1º de setembro: Os partidos da oposição abandonam a Assembleia diante da imposição do MAS de mudar o regulamento para que as decisões sejam aprovadas por maioria absoluta (128 votos) em dez de dois terços (170) --o que facilita aprovação de medidas sem apoio de toda a oposição.
5 de outubro: Confrontos entre dois setores mineiros deixam 16 trabalhadores mortos no povoado andino de Huanuni.
28 de novembro: O Senado aprova a lei de reforma agrária que permite a expropriação de terras consideradas ociosas.
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2007
20 de julho: Mais de um milhão de pessoas protestam no El Alto contra a mudança da sede do governo de La Paz para Sucre.
David Mercado-20jul.07/Reuters |
Protesto em El Alto, na Bolívia, contra a proposta de transferência da sede do governo |
15 de agosto: A Constituinte retira de sua agenda o debate sobre a capital da Bolívia, o que provoca distúrbios que impedem a continuidade da Assembleia.
24 de novembro: O governismo aprova em primeira instância o novo texto da Constituição em uma escola militar de Sucre, sem a presença da oposição e em meio a distúrbios que deixaram três mortos e cerca de 300 feridos.
9 de dezembro: O projeto da nova Constituição é aprovado em Oruro, de novo na ausência do principal partido da oposição.
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2008
1º de maio: Morales nacionaliza três petrolíferas e uma filial da italiana Telecom.
4 de maio: Departamento de Santa Cruz aprova seu estatuto de autonomia com mais de 80% dos votos em um referendo que o governo de Morales considera ilegal.
08 de maio: O Senado, controlado pela oposição, aprova uma lei de referendo para decidir sobre a continuidade ou a revogação do mandato do presidente Morales e dos nove governadores do país.
1º de junho: Departamentos de Beni e Pando aprovam estatutos de autonomia, uma sequência de aprovações que não abala a popularidade de Morales.
22 de junho: Departamento de Tarija aprova seu estatuto autônomo.
29 de junho: A opositora Savina Cuéllar é eleita governadora de Chuquisaca.
10 de agosto: Em uma confirmação de sua popularidade, Morales ganha o referendo revogatório com 67,4% dos votos. Também são confirmados nos cargos os governadores opositores e autonomistas de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija. Os opositores de La Paz e Cochabamba perdem o referendo e deixam o cargo.
Dado Galdieri10ago.08/AP |
Cocaleira festeja chegada de presidente Evo Morales no dia do referendo revogatório |
10 de setembro: Morales expulsa o embaixador dos Estados Unidos Philip Goldberg, acusado pelo presidente de conspiração para dividir Bolívia. Em novembro do ano seguinte, Morales afirmou que estaria disposto a restabelecer as relações diplomáticas com os EUA, embora ainda não tenha tomado nenhuma ação efetiva.
11 de setembro: Em Pando, um enfrentamento armado entre autonomistas e governistas deixa 11 mortos, a maioria camponeses pró-Morales.
12 de setembro: O governo decreta estado de sítio em Pando e, dias depois, prende o governador do Departamento, o opositor Leopoldo Fernández, como líder do massacre.
20 de outubro: Governistas e opositores chegam a um acordo no Congresso para celebrar o referendo sobre a nova Constituição em 25 de janeiro de 2009, além de adiantar as eleições gerais.
1º de novembro: Morales suspende as operações do Departamento Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) na Bolívia, depois de acusar o órgão de espionagem. A medida amplia a tensão entre os dois países.
23 de novembro: Governo suspende o estado de sítio em Pando.
26 de novembro: O presidente americano, George W. Bush, anuncia a suspensão dos benefícios tarifários à Bolívia.
*
2009
23 de janeiro: Morales nacionaliza a petrolífera Chaco, filial da British Petroleum (BP).
25 de janeiro: Referendo aprova a nova Constituição do país com 61,4% dos votos.
Antonio Sánchez Solís11mar.09/Efe |
O presidente da Bolívia, Evo Morales, segura folha de coca, que depois mastigou, em protesto pela descriminalização do produto |
11 de março: Com uma folha de coca na mão, Morales pede à Comissão de Narcóticos da ONU, em Viena, que retire a planta da lista de entorpecentes proibidos pelas convenções internacionais. Morales tem no grupo de produtores de coca um de seus eleitorados mais fieis.
9 de abril: Morales se declara em greve de fome para exigir a aprovação da lei eleitoral, que é finalmente aprovada no dia 14 do mesmo mês.
16 de abril: A polícia boliviana mata supostos mercenários estrangeiros. O governo afirma que se trata de um grupo terrorista que queria assassinar Morales e promover a independência de Santa Cruz. Na operação, foram mortos três membros do suposto comando, entre eles seu chefe, o boliviano-húngaro-croata Eduardo Rozsa Flores. O confronto resultou também na prisão de outros membros do grupo, um boliviano e o húngaro-romeno Elot Toazo.
22 de abril: Seguindo proposta de Morales, a ONU (Organização das Nações Unidas) declara o dia 22 de abril como o Dia Internacional da Mãe Terra.
1 º de maio: O presidente da Corte Nacional Eleitoral, José Luis Exeni, se demite sete meses depois das eleições gerais. Ele é substituído dias depois por Antonio Costas.
Morales nacionaliza a distribuição de combustível aos aeroportos controlada até então pela British Petroleum Air (BP-Air).
14 de maio: A Câmara dos Deputados suspende o presidente da Corte Suprema de Justiça (CSJ), Eddy Fernández, a quem acusa de atrasar o julgamento por genocídio contra o ex-presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada e membros de seu governo.
18 de maio: A Corte Suprema inicia o julgamento contra o ex-presidente por mais de 60 mortes ocorridas no "outubro negro" de 2003.
21 de maio: Bolívia e EUA decidem estabelecer as bases de um diálogo franco durante a visita do secretário adjunto para a América Latina, Thomas Shannon.
25 de maio: Bolívia comemora em Sucre o bicentenário do primeiro levante americano contra a Espanha. Apesar de considerar o marco da luta pela soberania as revoltas indígenas de 1781 e não movimento encabeçado pelos brancos em 1809, Morales organiza várias festividades para celebrar a data --mas Províncias onde há grande oposição a ele foram excluídas dos atos.
26 de maio: A única magistrada que permanecia no Tribunal Constitucional é demitida e o órgão deixa de existir.
15 de junho: O governo do Peru convoca seu embaixador na Bolívia para consulta, como rechaço às declarações de Morales, que classificou de genocídio o confronto em Bagua Grande. Cerca de 2.500 indígenas, muitos armados com facões, protestaram contra planos do governo de permitir a exploração de recursos naturais na região. Eles bloquearam estradas e a polícia enviou tropas de choque, o que resultou em ainda mais violência.
9 de julho: O ex-ministro boliviano do Interior Luis Arce Gómez (1980-1981) chega a La Paz deportado dos EUA para cumprir uma condenação de 30 anos de prisão por crimes contra a humanidade.
12 de agosto: O MAS ratifica Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, como candidatos do partido às eleições de 6 de dezembro. Pesquisas de intenção de voto mostram Morales como amplo favorito, com mais de 30 pontos percentuais de vantagem.
31 de agosto: O candidato opositor Manfred Reyes Villa anuncia que seu candidato à vice-Presidência será Leopoldo Fernández, o governador preso por supostamente liderar o massacre em Pando.
13 de setembro: Morales faz uma visita oficial à Espanha.
17 de outubro: Bolívia recebe a 7ª Cúpula da Alba.
29 de outubro: Morales anuncia a "era da industrialização do lítio" boliviano. O mineral é o mais novo investimento do governo boliviano, que tem nos recursos naturais principal fonte de renda.
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Mal informado o sr. está.
O Gás GLP é uma coisa, derivado do petróleo, utilizado em Botilhões de Gás. E na maioria das residencias do Brasil. Este sim teve aumento absurdo.
O Gás GN que vem da bolívia através tubulação, e que é utilizado por Residencias, Industrias, Comercios, não tem aumento desde 16/07/2006.
O GNV, utilizado em carros, sua última Tabela de preços é de 01/07/2009.
Ou seja, criticar somente por criticar o Evo Morales, é uma coisa, mas antes por favor saiba a diferença entre:
GLP & GN
Outra coisa, se diz muito da Bolívia, mas tivemos eleições lá de forma diréta e democrática, se o povo quis novamente o Evo Morales, aqui no Brasil se tem que respeitar e se for criticar saber criticar.
Nós não somos donos da razão temos direitos & deveres, temos que saber quando um extrapola o outro. Cuida Brasil, cada macâco no seu galho, blza?.
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