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EUA autorizam CIA a ampliar ataques com aviões não tripulados no Paquistão
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da Folha Online
A Casa Branca autorizou nesta semana a CIA (central de inteligência americana) a ampliar os polêmicos ataques com aviões não tripulados nas áreas tribais do Paquistão, informa reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal "The New York Times".
Segundo o jornal, os agentes americanos estudam usar os aviões --controlados a distância e sem nenhum tripulante-- para atacar a região do Baluchistão pela primeira vez. a medida deve gerar polêmica já que a região fica fora do eixo tradicional dos redutos do grupo islâmico Taleban.
A ideia dos americanos é aumentar a pressão sobre os militantes do Taleban e da rede terrorista Al Qaeda, que encontraram redutos seguros no Paquistão após a ofensiva internacional no Afeganistão.
Os militares americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA, que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.
Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.
Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.
Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama --que já realizou mais destes ataques que nos oito anos do governo de George W. Bush.
O povo paquistanês vê com receio esta campanha de ataques. Um oficial paquistanês, que falou ao jornal em condição de anonimato, estimou que cerca de 80 mísseis lançados por estes aviões mataram cerca de 400 militantes. Ele especula que o número de civis mortos seja de cerca de 20, bem menor que a contagem não oficial.
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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