Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/12/2009 - 12h54

Freiras irlandesas doam R$ 326 mi a vítimas de abusos por padres

Publicidade

da Efe, em Dublin (Irlanda)

As Irmãs da Misericórdia, uma das ordens religiosas católicas denunciadas em um relatório sobre abusos de crianças na Irlanda, destinará 128 milhões de euros (cerca de R$ 326 milhões) para indenizar as vítimas.

O chamado relatório Ryan foi elaborado pela Comissão da Diocese de Dublin com o nome de 15 padres acusados pelo abuso de 450 crianças em um período de 35 anos. O relatório identifica também as vítimas e foi entregue ao ministro de Justiça, Dermot Ahern --que deve decidir se publicará o nome dos acusados, algo que pode causar uma polêmica de grandes proporções na Igreja Católica.

As Irmãs da Misericórdia, que administravam o internato de Goldenbridge, em Dublin, distribuirão os 128 milhões de euros entre o Estado irlandês e diversas organizações de caridade.

A ordem doará ainda 20 milhões de euros (R$ 51 milhões) em dinheiro e diversos imóveis avaliados em 108 milhões de euro (R$ 275 milhões).

Nos últimos meses, as freiras já tinham entregado 31 milhões de euros (R$ 79 milhões) a um fundo governamental e mais 1,4 milhão de euros (R$ 3,5 milhões) a programas que oferecem ajuda psicológica às vítimas de abusos.

Segundo um comunicado da ordem, as Irmãs querem ser "fiéis" aos valores de "reparação, reconciliação, cura e responsabilidade".

Indenização

Diante da pressão social, as 18 ordens citadas no relatório se viram obrigadas a renegociar com o governo um pacto assinado em 2002 que lhes concedia imunidade econômica ao fixar o valor máximo de suas indenizações em 127 milhões de euros (R$ 324 milhões).

Na semana passada, os Irmãos Cristãos, a ordem com maior número de denúncias no relatório, aumentaram sua contribuição às indenizações para 161 milhões de euros (R$ 410 milhões), o que representa, segundo os religiosos, 67% do valor de seu patrimônio na Irlanda.

No último dia 26, um relatório oficial de 700 páginas afirmou que a Igreja Católica da Irlanda encobriu os abusos sexuais cometidos pelos seus padres contra as crianças da região de Dublin durante 40 anos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página