Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/12/2009 - 11h00

Papa se reúne com bispos irlandeses para discutir abuso sexual de crianças

Publicidade

da Efe, na Cidade do Vaticano
da Folha Online

O papa Bento 16 recebeu nesta sexta-feira, no Vaticano, representantes da Conferência Episcopal Irlandesa para analisar os casos de abuso sexual contra crianças cometidos durante anos nas instituições administradas pela igreja no país europeu.

O Vaticano não divulgou informações sobre a reunião e apenas confirmou o encontro.

Segundo fontes do Vaticano, estiveram presentes o cardeal Sean Brady, presidente da Conferência, e o arcebispo de Dublin, monsenhor Diarmuid Martin.

O encontro foi convocado para discutir e avaliar a situação da Igreja da Irlanda depois da publicação, no último dia 26, de um relatório oficial de 700 páginas que afirmou que a Igreja Católica da Irlanda encobriu os abusos sexuais cometidos pelos seus padres contra as crianças da região de Dublin durante décadas.

O documento foi publicado pouco depois do relatório elaborado pela Comissão da Diocese de Dublin com o nome de 15 padres acusados pelo abuso de 450 crianças em um período de 35 anos. O relatório identifica também as vítimas e foi entregue ao ministro de Justiça, Dermot Ahern --que deve decidir se publicará o nome dos acusados, algo que pode causar uma polêmica de grandes proporções na Igreja Católica.

Não há indicação do Vaticano de qual deve ser a resposta da Igreja Católica ao relatório. A questão não será fácil. Um padre admitiu que abusou de mais de cem crianças. Outro disse que ele abusou de crianças a cada duas semanas por 25 anos.

As revelações vieram seis meses depois de outro documento com relatos sobre trabalho escravo, estupro coletivo e outros crimes hediondos nas escolas gerenciadas pela igreja católica irlandesa no século 20.

O papa condenou duramente abuso cometido por padres durante suas viagens a dois países atingidos por este tipo de escândalo --os Estados Unidos e a Austrália. Os críticos, contudo, dizem que o Vaticano não fez o suficiente para entregar os suspeitos à Justiça.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página