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Eleição divide Congresso do Chile; direitista é favorito no 2º turno pela Presidência
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da Folha Online
As eleições gerais deste domingo no Chile dividiram as duas casas do Congresso entre a coalizão governista de centro-esquerda e o bloco direitista. Segundo apuração oficial, nenhum os dois lados garantiu maioria absoluta necessária para evitar alianças com a oposição.
Já na Presidência, pela primeira vez desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), um direitista venceu no primeiro turno e é considerado grande favorito para a nova votação, prevista para o 17 de janeiro.
O empresário milionário Sebastián Piñera venceu o primeiro turno da eleição presidencial chilena neste domingo, com 44,03% dos votos. Se ganhar, ele deverá encontrar dificuldade no Congresso --com a presença em igual peso da ala de centro-esquerda da atual presidente Michelle Bachelet.
Piñera enfrentará no segundo turno o candidato governista, o ex-presidente Eduardo Frei, que obteve 29,62% dos votos, segundo os dados oficiais da terceira apuração, divulgados pelo subsecretário chileno de Interior, Patrício Rosende.
Em terceiro lugar está o candidato independente Marco Enríquez-Ominami, com 20,12% dos votos, seguido do esquerdista extraparlamentar, Jorge Arrate, com 6,21%.
Os 98,32% dos votos apurados oficialmente correspondem a 4.249.658 eleitores que votaram em 20.595 mesas. Deles, 4.082.429 sufrágios foram válidos.
Disputa
A disputa agora é pelo apoio dos candidatos derrotados. Piñera quer os eleitores do independente Enríquez-Ominami.
"Sempre reconheci em Marco uma grande vitalidade, e compartilho com ele a visão de que a Concertación [coalizão governista de centro esquerda] está acabada, sofre de fadiga de material", disse Piñeda.
Enríquez-Ominami liberou seus eleitores para votar em quem desejarem. "É impossível abusar da confiança em mim depositada. Não tenho qualquer condição de endossar o voto em outro candidato, não farei isto, em respeito aos mais pobres e aos mais desamparados".
"A velha política está esperando sinais que não vai receber. O Chile deverá escolher entre dois projetos que são mais do passado do que do futuro (...). Frei e Piñera se parecem muito", completou.
Ao lado de vários membros do gabinete, Frei também aposta na conquista dos eleitores de outros três candidatos de esquerda e centro para reverter a vantagem de Piñera e vencer na próxima votação.
Jorge Pizarro, chefe da campanha de Frei, estimou que por suas orientações de centro e esquerda, os eleitores de Enríquez-Ominami e Arrate apoiarão Frei no segundo turno: "ficou provado que 55% dos votos estão com um Chile livre e solidário".
O comunista Jorge Arrate, que teve 6% dos votos, disse que não dará um cheque em branco para o segundo turno --mas apoiará Frei, que presidiu o país de 1994 a 2000.
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