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14/12/2003
-
15h32
da Folha Online
O presidente norte-americano, George W. Bush, fez hoje um breve pronunciamento sobre a prisão de Saddam Hussein, no qual afirmou que a guerra contra os governantes do Oriente Médio que ameaçam os EUA não terminou.
Bush caracterizou Saddam como uma espécie de ameaça para os iraquianos, e disse que o ex-ditador irá enfrentar "a Justiça que ele negou a milhões."
"Saddam Hussein foi embora para sempre", disse Bush. "A dor e toda a escuridão acabaram. A esperança voltou."
Ele afirmou que "o trabalho continua" e que a a captura de Saddam não significa "o fim da violência no Iraque".
Para Bush ainda há terroristas no Oriente Médio que serão combatidos pelas forças norte-americanas.
"A captura de Saddam Hussein não significa o fim da violência no Iraque. Nós ainda enfrentamos terroristas que preferem seguir matando inocentes do que aceitar a elevação da liberdade no coração do Oriente Médio. Esses homens são uma direta ameaça para o povo americano, e eles serão derrotados."
"Os EUA não irão demonstrar piedade até que esta guerra esteja vencida", afirmou o presidente.
Esconderijo
Saddam Hussein, 66, foi detido ontem, às 20h30 (15h30 no horário de Brasília), por uma força de quase 600 homens em um esconderijo perto da cidade de Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal.
O ex-ditador se encontrava em um esconderijo de dois metros de profundidade dentro de um sítio, de acordo com o general Ricardo Sánchez, comandante das forças americanas no Iraque. A entrada do buraco estava coberta por tijolos e lixo. "O lugar era pequeno, só dava para uma pessoa", explicou Sánchez.
O local tinha condições precárias e contava apenas com um ventilador para fazer o ar circular. No entanto, o ex-ditador tinha em seu poder cerca de US$ 750 mil, dois fuzis Kalashnikov e uma pistola. Além de Saddam, a coalizão fez mais duas prisões na mesma operação.
Questionado se do esconderijo Saddam Hussein poderia comandar a guerrilha contra a coalizão, o general Sánchez foi vago e afirmou ser cedo para responder, ressaltando que não tinha certeza sobre o tempo de permanência do líder iraquiano no local.
Em Bagdá, a coalizão mostrou aos jornalistas um vídeo em que Saddam Hussein aparecia barbado e com um olhar vago. As imagens ainda traziam um homem de luvas examinando os dentes e o cabelo do ex-ditador.
Saddam Hussein vestia uma camisa branca e uma jaqueta negra e, aparentemente, não se importou em ser barbeado, mantendo o tradicional bigode.
"Saddam não tem qualquer ferimento", afirmou o general. "O exame médico mostrou que ele não tem machucados e está em boa condição de saúde."
O militar revelou que a captura foi efetuada a partir de informações prévias, mas não confirmou se estas tinham sido obtidas com os prisioneiros capturados nas últimas semanas ou se foram motivadas pelo valor da recompensa, de US$ 25 milhões.
Com agências internacionais
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Bush caracterizou Saddam como uma espécie de ameaça para os iraquianos, e disse que o ex-ditador irá enfrentar "a Justiça que ele negou a milhões."
"Saddam Hussein foi embora para sempre", disse Bush. "A dor e toda a escuridão acabaram. A esperança voltou."
Ele afirmou que "o trabalho continua" e que a a captura de Saddam não significa "o fim da violência no Iraque".
Para Bush ainda há terroristas no Oriente Médio que serão combatidos pelas forças norte-americanas.
"A captura de Saddam Hussein não significa o fim da violência no Iraque. Nós ainda enfrentamos terroristas que preferem seguir matando inocentes do que aceitar a elevação da liberdade no coração do Oriente Médio. Esses homens são uma direta ameaça para o povo americano, e eles serão derrotados."
"Os EUA não irão demonstrar piedade até que esta guerra esteja vencida", afirmou o presidente.
Esconderijo
Saddam Hussein, 66, foi detido ontem, às 20h30 (15h30 no horário de Brasília), por uma força de quase 600 homens em um esconderijo perto da cidade de Al Daur, a cerca de 15 km ao sul de Tikrit, sua cidade natal.
O ex-ditador se encontrava em um esconderijo de dois metros de profundidade dentro de um sítio, de acordo com o general Ricardo Sánchez, comandante das forças americanas no Iraque. A entrada do buraco estava coberta por tijolos e lixo. "O lugar era pequeno, só dava para uma pessoa", explicou Sánchez.
O local tinha condições precárias e contava apenas com um ventilador para fazer o ar circular. No entanto, o ex-ditador tinha em seu poder cerca de US$ 750 mil, dois fuzis Kalashnikov e uma pistola. Além de Saddam, a coalizão fez mais duas prisões na mesma operação.
Questionado se do esconderijo Saddam Hussein poderia comandar a guerrilha contra a coalizão, o general Sánchez foi vago e afirmou ser cedo para responder, ressaltando que não tinha certeza sobre o tempo de permanência do líder iraquiano no local.
Em Bagdá, a coalizão mostrou aos jornalistas um vídeo em que Saddam Hussein aparecia barbado e com um olhar vago. As imagens ainda traziam um homem de luvas examinando os dentes e o cabelo do ex-ditador.
Saddam Hussein vestia uma camisa branca e uma jaqueta negra e, aparentemente, não se importou em ser barbeado, mantendo o tradicional bigode.
"Saddam não tem qualquer ferimento", afirmou o general. "O exame médico mostrou que ele não tem machucados e está em boa condição de saúde."
O militar revelou que a captura foi efetuada a partir de informações prévias, mas não confirmou se estas tinham sido obtidas com os prisioneiros capturados nas últimas semanas ou se foram motivadas pelo valor da recompensa, de US$ 25 milhões.
Com agências internacionais
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