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Hamas rejeita prorrogação do mandato de Abbas na ANP
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da Efe, em Gaza
O movimento radical islâmico Hamas rejeitou a prorrogação do mandato do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e a convocação de eleições para 28 de junho, data determinada nesta quarta-feira pelo Conselho Nacional da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"Qualquer coisa decidida pelo Conselho Nacional é ilegal", afirma o Hamas, em comunicado enviado à imprensa, no qual explica que "as competências do Conselho expiraram".
"A legitimidade constitucional] provém do povo palestino, não do Conselho Central ou Nacional ou qualquer outro conselho ou instituição cuja autoridade tenha expirado", acrescenta a nota do Hamas, ao questionar a vigência da OLP, da qual não faz parte, mas que representa os interesses palestinos diante da comunidade internacional.
Ismail Radwan, um dos líderes do movimento islamita em Gaza, lembrou que a legislatura de Abbas expirou em janeiro de 2009, e que, portanto, desde então, não deveria ser considerado presidente.
"Abbas não tem nenhuma autorização para continuar como tal a menos que as eleições sejam realizadas", declarou. "Todas estas tentativas de prorrogar mandatos são manipulações ilegais", ressaltou.
Sobre o poder Legislativo, o comunicado afirma que, "segundo as Leis Básicas, é dono de si mesmo", e que, portanto, "seguirá atuando com plenas competências até que sejam realizadas novas eleições".
Embora legalmente o mandato de quatro anos dos deputados ainda não tenha expirado e a OLP tenha estendido suas atribuições, o Parlamento deixou de operar, na prática, em 2007, quando os islamitas se rebelaram contra Abbas e a ANP.
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