Publicidade
Publicidade
Oficiais paquistaneses pressionam diplomatas americanos no país, diz jornal
Publicidade
da Folha Online
Funcionários do serviço de inteligência e das Forças Armadas do Paquistão participam de uma campanha não declarada contra os diplomatas americanos no país, informa o jornal "The New York Times", em um sinal da frágil relação entre os dois países em meio ao investimento bilionário dos Estados Unidos na guerra ao grupo islâmico Taleban em solo paquistanês.
Segundo o jornal, que cita fontes de Washington, as medidas incluem vistos negados para cerca de 135 oficiais americanos --o que deixou alguns setores da embaixada com apenas 60% do pessoal--, além de revistas frequentes em seus veículos. As "vítimas" são militares, agentes da CIA (agência central de inteligência), especialistas em desenvolvimento e diplomatas.
O Paquistão diz que as revistas nos carros dos diplomatas não são assédio e sim resposta à ação provocativa dos americanos. Eles citam situações nas quais diplomatas fugiram de postos de checagem da polícia. A embaixada nega.
A situação fica mais delicada porque, como diplomatas são alvos prioritários de militantes, eles devem carregar suas placas de identificação dentro do veículo --o que os deixa vulneráveis a constantes checagens pela polícia.
A fonte citada pelo "NYT" diz que o assédio já atrapalha os próprios interesses paquistaneses ao atrasar programas desenvolvidos pelos americanos no país --além de manter parados quatro helicópteros usados para transportar militantes capturados porque os vistos de 14 pilotos não foram aprovados.
A campanha afeta ainda o envio de uma verba de quase US$ 1 bilhão por ano para o combate ao terrorismo no país, já que o último dos cinco responsáveis pela embaixada americana --que cuida dos trâmites legais-- teve que deixar o país ao ter a prorrogação do visto negada.
O jornal diz que, apesar de não declarada, o governo paquistanês sabe da campanha de assédio. Eles responsabilizam, contudo, o que chamam de provocações e arrogância americanas, que não entenderiam que a aliança paquistanesa com os EUA divide o país.
"Infelizmente, os americanos são arrogantes. Eles se acham onipotentes. Assim que eles agem", disse um agente de segurança paquistanês, que não quis se identificar.
As ações seriam parte de uma estratégia dos funcionários paquistaneses de minar os planos de expansão do governo americano de trazer 300 novos funcionários para a embaixada no país, além dos 500 que já trabalham no local.
"Eles não querem mais americanos aqui. Eles não sabem exatamente o que os americanos estão fazendo", disse um diplomata ao jornal.
A campanha pode ameaçar os esforços renovados do governo americano, que estendeu a guerra contra os talebans para solo paquistanês e ampliou a ajuda --e a cobrança por ação-- ao país.
Leia mais notícias sobre o Paquistão
- Ataque de mísseis atribuído aos EUA mata dois no Paquistão
- Justiça derruba anistia que protegia presidente do Paquistão; oposição pede renúncia
- Mortos em explosão no Paquistão somam 20; político seria alvo
Outras notícias internacionais
- Após deixar o hospital, Berlusconi fala em diálogo na Itália
- Militante em greve de fome há um mês é hospitalizada na Espanha
- Bispo irlandês renuncia por atuação no escândalo de pedofilia na igreja
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
avalie fechar
avalie fechar