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18/12/2003 - 09h44

Reino Unido abre a 1ª investigação sobre morte de Diana

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da France Presse, em Londres

Uma investigação pública no Reino Unido sobre as circunstâncias da morte da princesa Diana e de seu namorado, o empresário Dodi al Fayed, em um acidente de trânsito em 1997 em Paris começará, pela primeira vez, em 6 de janeiro, segundo uma fonte judicial.

O responsável pelos assuntos judiciais relacionados com a família real britânica, Michael Burgess, conduzirá a investigação, acrescentou a mesma fonte.

Em junho passado, o jornal "Sunday Mirror" havia afirmado que o carro em que Diana e Al Fayed morreram em agosto de 1997, conservado pela polícia francesa em Paris, poderia ser enviado à Inglaterra para ser examinado.

Os juízes franceses concluíram que o acidente ocorreu porque o motorista do casal, Henri Paul, dirigia bêbado e em alta velocidade.

Charles

Uma investigação pública do tipo da que se seguiu à morte de um especialista em armas do Ministério da Defesa do Reino Unido, David Kelly, foi rejeitada na Inglaterra.

"É um assunto totalmente relacionado com Michael Burgess", comentou um porta-voz da Clarence House, residência oficial do príncipe Charles em Londres.

"Sempre soubemos que a lei ia requerer uma investigação", acrescentou o porta-voz, sem dar mais detalhes.

Em meados de dezembro, Burgess havia anunciado que abriria uma investigação pública sobre as circunstâncias do acidente.

Pai

A decisão ocorre no momento em que Mohammed al Fayed, proprietário das lojas de luxo Harrod's, pai de Dodi, se dirige à Justiça escocesa para obter a abertura de uma investigação pública sobre a morte do filho e da princesa Diana.

O milionário de origem egípcia se dirigiu ao tribunal de Edimburgo, pois tem uma propriedade na Escócia.

Mohammed al Fayed sempre afirmou que seu filho e Diana foram vítimas de "assassinato orquestrado ou realizado pelos serviços secretos que obedeciam ordens de alguém poderoso".

Em abril passado, um juiz escocês rejeitou um primeiro processo apresentado por Mohammed al Fayed por considerar que não correspondia à sua jurisdição acolher um recurso por um acidente ocorrido na França. Seus advogados apelaram da decisão na segunda-feira (15).

Assassinato

Pouco antes de sua chegada ao tribunal, nesse mesmo dia, Mohammed al Fayed voltou a afirmar que seu filho e a princesa de Gales foram assassinados.

"A mulher mais bela do mundo foi assassinada com meu filho e eu me debato há seis anos para que se faça justiça", disse Mohammed al Fayed na ocasião.

No final de novembro, ele havia anunciado que apelaria da decisão da Justiça francesa, que absolveu os três fotógrafos processados por fotografarem a princesa Diana e Dodi na noite do acidente.

"Os paparazzi tiveram um papel significativo na tragédia e devem ser punidos", declarou Mohammed al Fayed em um comunicado.

"Portanto, apelarei imediatamente", disse.

Varrer

Mohammed al Fayed avaliou que o juiz responsável pelo caso parecia "estar determinado a varrer todo este assunto trágico, participando assim de uma dissimulação persistente".

Os três fotógrafos --Fabrice Chassery, 36, Jacques Langevin, 50, e Christian Martinez, 49-- foram processados por Mohammed al Fayed por intrusão na vida privada.

A promotoria também poderá apelar da sentença.
 

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