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21/12/2003
-
05h10
CÍNTIA CARDOSO
da Folha de S.Paulo, em Nova York
Calçadas repletas de diferentes sotaques, ônibus de excursão que engarrafam o acesso aos principais pontos turísticos e enormes filas para entrar nas maiores lojas de departamento da cidade.
Esse é um retrato da temporada de festas de 2003 em Nova York. Depois do trauma gerado pelos atentados terroristas de 11 setembro de 2001, o número de turistas na cidade neste ano se aproxima de recordes históricos.
Estimativas da agência oficial de turismo de Nova York indicam que a cidade deva receber mais de 35 milhões de visitantes até o final deste ano. O dado, entretanto, é considerado conservador. Há grandes chances de que o total de turistas ultrapasse 36 milhões. Até hoje, o recorde registrado foi de 36,2 milhões, em 2000. Em 2002, foram 35,3 milhões e em 2001, 35,2 milhões.
A taxa de ocupação nos hotéis nova-iorquinos está em torno de 84%. Os especialistas em turismo dizem que a queda no preço das diárias dos hotéis foi um estímulo para a volta dos turistas. Em média, um quarto num hotel de categoria média para luxuosa está em US$ 216 (cerca de R$ 630). Apesar de alto para os padrões brasileiros, o valor está cerca de US$ 50 mais baixo do que na temporada de final de ano de 2000.
Outra boa notícia para os cofres de Nova York é que quem visita a cidade está disposto a abrir a carteira. Uma pesquisa do guia "Zagat", uma publicação especializada em rankings de restaurantes e hotéis, revela que mais da metade dos entrevistados disse estar gastando mais em refeições agora do que no período anterior ao 11 de Setembro. O "Zagat" ouviu 29 mil pessoas. "A cidade está florescendo. O maior problema agora é conseguir lugar nos hotéis, restaurantes e teatros", afirma Tim Zagat, editor da publicação.
O chamado turismo familiar é responsável pelo maior crescimento no número de turistas na cidade e deve gerar 11 milhões de visitantes neste ano. Segundo Lisa Mortman, do escritório de turismo da cidade, a preocupação de hotéis e de outros estabelecimentos em combinar programas para pais e filhos explica essa tendência. O tradicional Hotel Plaza, por exemplo, criou um projeto que ensina etiqueta para crianças.
Outro atrativo para as famílias de turistas é o baixo índice de criminalidade. Segundo relatório do FBI (polícia federal dos EUA) divulgado na semana passada, Nova York, com 11,7 milhões de habitantes em sua região metropolitana, é a cidade mais segura dos EUA. "Hoje, a segurança é um grande trunfo da cidade", afirmou Mortman.
Um importante segmento de turistas, no entanto, permanece enfraquecido. Apesar da cotação mais baixa do dólar, o número de estrangeiros continua abaixo dos níveis anteriores aos atentados terroristas. Em 2000, eles chegaram a 6,8 milhões. Em 2003, serão 5,4 milhões, um acréscimo de 5% em relação ao ano passado.
Turistas do Reino Unido, do Canadá, do Japão, da Alemanha e da França lideram o ranking na cidade e, juntos, representam quase a metade do número de estrangeiros que vão a Nova York.
Quanto ao número de turistas brasileiros, a agência informou que ainda não terminou de compilar os dados. "Esperemos que haja uma recuperação. No ano passado, tivemos a visita de 88 mil brasileiros. Isso representou uma queda de 26% em relação a 2001", disse Mortman.
A agência de turismo esportivo Kamel afirma que neste ano o número de turistas brasileiros na cidade está em recuperação. "Em 2001, aconteceram os atentados, e, em 2002, tivemos o problema com o câmbio, que afastou vários brasileiros. Neste ano, estamos com força total.
Tivemos um aumento importante no número de clientes que vieram para Nova York", disse a diretora Elisabet Olival. A agência é especializada em trazer brasileiros para correr a Maratona de Nova York.
Sem trauma, os turistas retomam NY
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
Calçadas repletas de diferentes sotaques, ônibus de excursão que engarrafam o acesso aos principais pontos turísticos e enormes filas para entrar nas maiores lojas de departamento da cidade.
Esse é um retrato da temporada de festas de 2003 em Nova York. Depois do trauma gerado pelos atentados terroristas de 11 setembro de 2001, o número de turistas na cidade neste ano se aproxima de recordes históricos.
Estimativas da agência oficial de turismo de Nova York indicam que a cidade deva receber mais de 35 milhões de visitantes até o final deste ano. O dado, entretanto, é considerado conservador. Há grandes chances de que o total de turistas ultrapasse 36 milhões. Até hoje, o recorde registrado foi de 36,2 milhões, em 2000. Em 2002, foram 35,3 milhões e em 2001, 35,2 milhões.
A taxa de ocupação nos hotéis nova-iorquinos está em torno de 84%. Os especialistas em turismo dizem que a queda no preço das diárias dos hotéis foi um estímulo para a volta dos turistas. Em média, um quarto num hotel de categoria média para luxuosa está em US$ 216 (cerca de R$ 630). Apesar de alto para os padrões brasileiros, o valor está cerca de US$ 50 mais baixo do que na temporada de final de ano de 2000.
Outra boa notícia para os cofres de Nova York é que quem visita a cidade está disposto a abrir a carteira. Uma pesquisa do guia "Zagat", uma publicação especializada em rankings de restaurantes e hotéis, revela que mais da metade dos entrevistados disse estar gastando mais em refeições agora do que no período anterior ao 11 de Setembro. O "Zagat" ouviu 29 mil pessoas. "A cidade está florescendo. O maior problema agora é conseguir lugar nos hotéis, restaurantes e teatros", afirma Tim Zagat, editor da publicação.
O chamado turismo familiar é responsável pelo maior crescimento no número de turistas na cidade e deve gerar 11 milhões de visitantes neste ano. Segundo Lisa Mortman, do escritório de turismo da cidade, a preocupação de hotéis e de outros estabelecimentos em combinar programas para pais e filhos explica essa tendência. O tradicional Hotel Plaza, por exemplo, criou um projeto que ensina etiqueta para crianças.
Outro atrativo para as famílias de turistas é o baixo índice de criminalidade. Segundo relatório do FBI (polícia federal dos EUA) divulgado na semana passada, Nova York, com 11,7 milhões de habitantes em sua região metropolitana, é a cidade mais segura dos EUA. "Hoje, a segurança é um grande trunfo da cidade", afirmou Mortman.
Um importante segmento de turistas, no entanto, permanece enfraquecido. Apesar da cotação mais baixa do dólar, o número de estrangeiros continua abaixo dos níveis anteriores aos atentados terroristas. Em 2000, eles chegaram a 6,8 milhões. Em 2003, serão 5,4 milhões, um acréscimo de 5% em relação ao ano passado.
Turistas do Reino Unido, do Canadá, do Japão, da Alemanha e da França lideram o ranking na cidade e, juntos, representam quase a metade do número de estrangeiros que vão a Nova York.
Quanto ao número de turistas brasileiros, a agência informou que ainda não terminou de compilar os dados. "Esperemos que haja uma recuperação. No ano passado, tivemos a visita de 88 mil brasileiros. Isso representou uma queda de 26% em relação a 2001", disse Mortman.
A agência de turismo esportivo Kamel afirma que neste ano o número de turistas brasileiros na cidade está em recuperação. "Em 2001, aconteceram os atentados, e, em 2002, tivemos o problema com o câmbio, que afastou vários brasileiros. Neste ano, estamos com força total.
Tivemos um aumento importante no número de clientes que vieram para Nova York", disse a diretora Elisabet Olival. A agência é especializada em trazer brasileiros para correr a Maratona de Nova York.
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