Publicidade
Publicidade
21/12/2003
-
13h21
CHARLY WEGMAN
da France Presse, em Jerusalém
Israel se sente muito feliz pela decisão da Líbia de renunciar ao seu programa de armas de destruição em massa, além da Síria estar na mira dos Estados Unidos e do Irã ter assinado o protocolo adicional ao Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP).
"Após ter provocado a queda do regime de Saddam Hussein, a coalizão anglo-americana conseguiu uma nova vitória ao levar Muammar Gaddafi a renunciar às armas de destruição em massa (ADM)", disse o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz.
O dirigente líbio surpreendeu o mundo ao anunciar na sexta-feira, após nove meses de negociações secretas com americanos e britânicos, que renunciava às armas nucleares, químicas e biológicas, mesmo sempre tendo negado possuir este tipo de armamento.
Em setembro de 2002, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, que negocia diretamente com os serviços secretos, havia indicado que a Líbia estava mais avançada do que o Irã em seus esforços para desenvolver programas de armas nucleares.
Para Zeev Schiff, especialista em assuntos militares do jornal "Haaretz", "A Líbia preferiu se poupar de eventuais ataques americanos ou israelenses".
"Gaddafi sem dúvida compreendeu o destino que o esperava, ao ver Saddam Hussein sendo capturado pelos americanos na semana passada", disse o professor Shai Feldman, diretor do Centro Jaffee de estudos estratégicos da universidade de Tel-Aviv.
"Após a guerra do Iraque, a divisão tradicional entre países árabes radicais e moderados no Oriente Médio desapareceu", acrescentou o pesquisador.
Segundo os meios de comunicação israelenses, a Líbia havia se munido de um arsenal com instalações nucleares, 80 lançadores móveis de mísseis, 500 mísseis Scud e 50 mísseis balísticos norte-coreanos de 1.300 a 1.500 km de alcance.
"Não temos que confiar em Gaddafi. Devemos conservar nosso potencial enquanto não há controles mútuos entre Israel e todos os países árabes", afirmou este domingo aos jornalistas o professor Yuval Neeman, pai do programa nuclear de Israel.
De acordo com fontes estrangeiras, Israel possui cerca de 200 bombas nucleares e vetores adequados.
Um mapa do Oriente Médio publicado domingo pelo jornal israelense "Yediot Aharonot" mostra que os únicos países hostis ao Estado hebreu, entre vizinhos próximos ou distantes, que ainda dispõem de armas convencionais são agora a Síria e o Irã.
O presidente sírio, Bachar Al-Assad, afirmou recentemente que não teme ser o próximo objetivo americano depois do Iraque. Mas o presidente americano, George W. Bush, o colocou na mira ao assinar há pouco tempo uma lei que impõe severas sanções econômicas, financeiras e políticas à Síria.
Os Estados Unidos reconhecem que Damasco cooperou na luta contra a rede terrorista Al-Qaeda, mas o acusa de apoiar o Hezbollah xiita libanês, assim como o Hamas e o Jihad islâmico palestino.
Israel comemorou a assinatura por Teerã do protocolo adicional do Tratado de Não-proliferação nuclear (TNP), que autoriza a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a efetuar controles surpresas e fortes de todas as instalações nucleares iranianas.
No entanto, longe de confiar nestes controles, o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, de origem iraniana, advertiu que suas forças poderiam, caso necessário, atacar as instalações nucleares do Irã, seu inimigo potencial mais perigoso.
Israel comemora prisão de Saddam e pressão sobre Assad
Publicidade
da France Presse, em Jerusalém
Israel se sente muito feliz pela decisão da Líbia de renunciar ao seu programa de armas de destruição em massa, além da Síria estar na mira dos Estados Unidos e do Irã ter assinado o protocolo adicional ao Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP).
"Após ter provocado a queda do regime de Saddam Hussein, a coalizão anglo-americana conseguiu uma nova vitória ao levar Muammar Gaddafi a renunciar às armas de destruição em massa (ADM)", disse o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz.
O dirigente líbio surpreendeu o mundo ao anunciar na sexta-feira, após nove meses de negociações secretas com americanos e britânicos, que renunciava às armas nucleares, químicas e biológicas, mesmo sempre tendo negado possuir este tipo de armamento.
Em setembro de 2002, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, que negocia diretamente com os serviços secretos, havia indicado que a Líbia estava mais avançada do que o Irã em seus esforços para desenvolver programas de armas nucleares.
Para Zeev Schiff, especialista em assuntos militares do jornal "Haaretz", "A Líbia preferiu se poupar de eventuais ataques americanos ou israelenses".
"Gaddafi sem dúvida compreendeu o destino que o esperava, ao ver Saddam Hussein sendo capturado pelos americanos na semana passada", disse o professor Shai Feldman, diretor do Centro Jaffee de estudos estratégicos da universidade de Tel-Aviv.
"Após a guerra do Iraque, a divisão tradicional entre países árabes radicais e moderados no Oriente Médio desapareceu", acrescentou o pesquisador.
Segundo os meios de comunicação israelenses, a Líbia havia se munido de um arsenal com instalações nucleares, 80 lançadores móveis de mísseis, 500 mísseis Scud e 50 mísseis balísticos norte-coreanos de 1.300 a 1.500 km de alcance.
"Não temos que confiar em Gaddafi. Devemos conservar nosso potencial enquanto não há controles mútuos entre Israel e todos os países árabes", afirmou este domingo aos jornalistas o professor Yuval Neeman, pai do programa nuclear de Israel.
De acordo com fontes estrangeiras, Israel possui cerca de 200 bombas nucleares e vetores adequados.
Um mapa do Oriente Médio publicado domingo pelo jornal israelense "Yediot Aharonot" mostra que os únicos países hostis ao Estado hebreu, entre vizinhos próximos ou distantes, que ainda dispõem de armas convencionais são agora a Síria e o Irã.
O presidente sírio, Bachar Al-Assad, afirmou recentemente que não teme ser o próximo objetivo americano depois do Iraque. Mas o presidente americano, George W. Bush, o colocou na mira ao assinar há pouco tempo uma lei que impõe severas sanções econômicas, financeiras e políticas à Síria.
Os Estados Unidos reconhecem que Damasco cooperou na luta contra a rede terrorista Al-Qaeda, mas o acusa de apoiar o Hezbollah xiita libanês, assim como o Hamas e o Jihad islâmico palestino.
Israel comemorou a assinatura por Teerã do protocolo adicional do Tratado de Não-proliferação nuclear (TNP), que autoriza a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a efetuar controles surpresas e fortes de todas as instalações nucleares iranianas.
No entanto, longe de confiar nestes controles, o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, de origem iraniana, advertiu que suas forças poderiam, caso necessário, atacar as instalações nucleares do Irã, seu inimigo potencial mais perigoso.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice