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Opositores enfrentam polícia em novos protestos no Irã
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da Folha Online
Os sites de oposição iranianos afirmam que as forças de segurança do país entraram em confronto com apoiadores do aiatolá dissidente reformista Hossein Ali Montazeri, morto no sábado (19), em ao menos duas cidades. Os confrontos acontecem dois dias depois da violência e protestos marcarem o funeral do aiatolá.
O site Rahesabz diz que várias pessoas ficaram feridas no confronto, que ocorreu quando a polícia iraniana tentou dispersar os participantes em uma cerimônia em memória do aiatolá em uma mesquita de Isfahan, região central do país.
A imprensa estrangeira foi proibida pelo governo iraniano de cobrir manifestações e protestos no país e dificilmente a imprensa estatal dá espaço para estes eventos. As informações chegam através de sites ligados à oposição.
"Esta manhã, antes do início da cerimônia, membros das forças de segurança à paisana cercaram a mesquita, o que gerou confrontos violentos com as pessoas que deveriam assistir a cerimônia", afirma o Rahesabz. "Várias pessoas foram detidas e muitas ficaram feridas".
O site relata ainda que as forças de segurança utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar os manifestantes.
A cerimônia aconteceria na mesquita Seyed de Isfahan, sob a coordenação de um religioso ligado à corrente reformista, o aiatolá Jalaledin Taheri.
Outro site da oposição, Jaras, relata que os confrontos começaram na noite desta terça-feira em Najafabad e continuaram na manhã desta quarta-feira. "A situação é tensa na cidade. As pessoas estão cantando slogans antigoverno", diz o site, que também relata o uso de gás lacrimogêneo pela polícia.
O Jaras relata ainda confrontos em Isfahan, onde agentes a paisana cercaram a casa do clérigo Taheri.
O grande aiatolá Montazeri, que foi uma figura de destaque na revolução islâmica de 1979 antes de se tornar uma das principais vozes da ala reformista, faleceu no sábado (19) na cidade de Qom, ao sul de Teerã.
Uma multidão de centenas de milhares de pessoas foram às ruas de Qom na segunda-feira (21), para o funeral do aiatolá. Alguns sites opositores falam em até 1 milhão de pessoas, muitas das quais desafiaram a presença das forças e protestaram contra o ultraconservador governo de Mahmoud Ahmadinejad.
Eleição
Ahmadinejad foi reeleito em 12 de junho com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos.
A oposição chegou a denunciar abusos nos presídios contra os opositores, mas a acusação foi rejeitada por Teerã
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas. Khamenei endossou a vitória de Ahmadinejad.
Com France Presse e Reuters
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