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EUA criticam Israel por anunciar novas obras em Jerusalém Oriental
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da Folha Online
O governo dos Estados Unidos se opõe à construção de novos assentamentos israelenses no leste de Jerusalém, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Ontem (28), o Ministério de Habitação israelense convocou uma licitação pública para a construção de quase 700 casas para colonos em Jerusalém Oriental, território ocupado em 1967 e no qual os palestinos pretendem estabelecer a capital de seu futuro Estado.
"O status de Jerusalém deve ser resolvido pelas partes por meio de negociações e com o apoio da comunidade internacional", disse Gibbs em uma declaração escrita.
Israel ocupou a parte leste da cidade na guerra de 1967 e, posteriormente, anexou-a como parte de sua capital. A expansão de assentamentos judaicos é um dos principais obstáculos para a retomada das negociações entre israelenses e palestinos e foi condenada pelos EUA e pela União Europeia (UE).
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, declarou em novembro passado uma moratória de dez meses na construção de novas casas para colonos na Cisjordânia, mas a pausa não incluiu edifícios públicos nem imóveis cujos alicerces já haviam sido colocados. A nova licitação prevê a construção de 692 residências em Névé-Yaacov, Pisgat-Zeev e Har-Homa, bairros judeus de Jerusalém Oriental. Atualmente, cerca de 200 mil israelenses vivem nestes bairros, ao lado de 270 mil palestinos.
Gibbs sustentou que "nenhuma das partes deveria empreender esforços ou tomar medidas ue possam esvaziar as negociações". "Por outro lado, ambas as partes deveriam retornar às negociações, sem condições prévias, o mais rápido possível", acrescentou.
"Os Estados Unidos reconhecem que Jerusalém é um problema muito importante para os israelenses e os palestinos, e para judeus, muçulmanos e cristãos. Pensamos que com negociações de boa fé as duas partes conseguirão chegar a um acordo sobre um resultado que reunirá as aspirações de ambas em relação a Jerusalém, e protegerá seu estatuto para os habitantes de todo o mundo."
Com Efe e France Presse
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