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06/01/2010 - 19h50

EUA não têm força para tirar governo interino de Honduras, diz Zelaya

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da Efe, em Tegucigalpa

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos "não têm a força" necessária para tirar do cargo o presidente interino, Roberto Micheletti. "Vemos que os Estados Unidos estão pedindo a saída do senhor Micheletti, mas não têm a força para executar essa resolução", disse Zelaya à emissora local Rádio Globo.

"Os EUA lutam para que Micheletti saia da Presidência antes da posse [do eleito, Porfirio Lobo, em 27 de janeiro]. No entanto, ele se negou e afirmou que já está subido no cavalo, com as esporas postas e com o freio, e que dali ninguém absolutamente o tira."

Para ilustrar sua visão sobre a situação, Zelaya usou um ditado: cria corvos e te arrancarão os olhos.

As declarações respondem às afirmações feitas instantes antes por Lobo, que depois de reunir-se ontem com o subsecretário de Estado adjunto para o Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Craig Kelly, disse que os EUA querem que Micheletti deixe a Presidência hondurenha até 15 de janeiro que vem.

Micheletti, porém, disse ao Canal 5 que não renunciará porque "não há argumento legal para fazê-lo", já que o Congresso Nacional o designou para ficar no cargo até 27 de janeiro. "Não vou mudar para que venha alguém aqui nos pressionar", disse o presidente interino, que se limitará a não ir à posse de Lobo, que assistirá pela TV.

Zelaya disse que "apesar das boas intenções dos EUA desde o início, eles mesmos, em sua democracia, em seus conflitos internos, terminaram vencidos". Para o hondurenho, os EUA não conseguiram "se ajustar ao processo que tinha determinado a Organização dos Estados Americanos [OEA] e as Nações Unidas", que era o de restituí-lo à Presidência.

Sobre o encontro que manteve ontem com Kelly, reiterou que "o processo de reuniões foi em relação a todo o conflito". "O senhor Kelly veio diversas vezes" e "praticamente ele ficou encarregado de manter a comunicação de Honduras com o Departamento de Estado" sobre a crise. Afirmou que "não há solução porque erros foram cometidos no caminho".

Nesse sentido, Zelaya disse que "o processo eleitoral não fortaleceu Porfirio Lobo [o eleito] como se acreditava, mas fortaleceu Micheletti, fortaleceu os que deram o golpe de Estado" apesar de que, segundo ele, houve "baixa participação e repressão".

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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