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07/01/2004
-
14h22
da France Presse, em Londres
A abertura de dois inquéritos sobre a morte da princesa Diana e de seu namorado, Dodi al Fayed, reativou a tese de complô, sempre defendida pelo pai de Dodi, o empresário Mohammad al Fayed. A teoria da conspiração agora conta com uma grave acusação de um tablóide contra o príncipe Charles.
O próprio Michael Burgess, procurador encarregado pelos dois inquéritos, alimentou a tese ao confiar as investigações, para surpresa geral, ao chefe da Scotland Yard (polícia britânica), Sir John Stevens.
Segundo o jornal "The Times", o anúncio inesperado deixou a família real perplexa e abalou, particularmente, o príncipe Charles e seus dois filhos.
"Simplesmente não o vimos mais", disse um amigo de Charles ao jornal.
Agora o herdeiro da coroa britânica está diretamente envolvido na tese de que a princesa de Gales foi assassinada, hipótese descartada pela Justiça da França.
Um tribunal francês encerrou seu inquérito em 2002 com a conclusão de que a morte de Diana, seu namorado e seu motorista, em agosto de 1997 em Paris, aconteceu em um acidente causado pelo excesso de velocidade e estado de embriaguez do condutor do automóvel.
Carta
O tablóide "Daily Mirror", que foi seguido hoje por toda a imprensa britânica, declarou ontem que Diana citou expressamente o nome de Charles em uma carta enviada a seu mordomo Paul Burrell na qual afirmava, dez meses antes de sua morte, que temia ser assassinada.
A carta já havia sido publicada na autobiografia de Burrell, lançada em outubro do ano passado, mas a editora suprimiu a identidade da pessoa acusada pela princesa.
Como consequência, a imprensa sensacionalista britânica espera que Charles seja convocado por Burgess, que em tese pode pedir ao príncipe herdeiro e seus dois filhos que prestem depoimento.
A especulação do "Daily Mirror" representou mais um duro golpe para o príncipe, que recentemente foi alvo de suspeitas relacionadas a um escândalo sexual.
"Charles terá que enfrentar uma investigação por assassinato", disse a manchete de hoje do "Daily Express". A frase resume o tom adotado pela imprensa popular, que compete pela publicação de detalhes escabrosos sobre as diferentes teses que explicariam a morte de Diana.
Problema
Entre as possibilidades citadas pelos tablóides destacam-se a que afirma que Diana era um problema porque impedia o casamento de Charles com sua namorada, Camilla Parker-Bowles, e a que cita sua suposta gravidez de Dodi ou de outro homem, como o médico Hasnat Khan.
Em relação à última especulação, o ex-procurador da coroa John Burton afirma ser impossível. "Eu estava presente no dia em que os corpos foram examinados. Ela não estava grávida", afirmou Burton ao "Times". "Eu vi seu útero", afirmou. "Não se precisa de testes sanguíneos quando se examina o útero", declarou o ex-procurador, que se aposentou em 2002.
No mês passado, um alto funcionário da polícia francesa declarou que Diana estava grávida quando morreu.
Mas Burgess não escondeu suas dúvidas quanto à utilidade das investigações, cujas audiências só devem começar em 2005.
Burgess é o procurador da coroa da família real e do Condado de Surrey (sul de Inglaterra), onde está enterrado Dodi.
Paralelamente à abertura dos inquéritos, um tribunal escocês examina um recurso apresentado por Mohamed al Fayed solicitando uma investigação pública.
O empresário afirma que seu filho e Diana foram vítimas de um "assassinato horrível", planejado pelos serviços secretos britânicos.
Segundo Mohamed al Fayed, a maioria dos britânicos pensa como ele.
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A abertura de dois inquéritos sobre a morte da princesa Diana e de seu namorado, Dodi al Fayed, reativou a tese de complô, sempre defendida pelo pai de Dodi, o empresário Mohammad al Fayed. A teoria da conspiração agora conta com uma grave acusação de um tablóide contra o príncipe Charles.
O próprio Michael Burgess, procurador encarregado pelos dois inquéritos, alimentou a tese ao confiar as investigações, para surpresa geral, ao chefe da Scotland Yard (polícia britânica), Sir John Stevens.
Segundo o jornal "The Times", o anúncio inesperado deixou a família real perplexa e abalou, particularmente, o príncipe Charles e seus dois filhos.
"Simplesmente não o vimos mais", disse um amigo de Charles ao jornal.
Agora o herdeiro da coroa britânica está diretamente envolvido na tese de que a princesa de Gales foi assassinada, hipótese descartada pela Justiça da França.
Um tribunal francês encerrou seu inquérito em 2002 com a conclusão de que a morte de Diana, seu namorado e seu motorista, em agosto de 1997 em Paris, aconteceu em um acidente causado pelo excesso de velocidade e estado de embriaguez do condutor do automóvel.
Carta
O tablóide "Daily Mirror", que foi seguido hoje por toda a imprensa britânica, declarou ontem que Diana citou expressamente o nome de Charles em uma carta enviada a seu mordomo Paul Burrell na qual afirmava, dez meses antes de sua morte, que temia ser assassinada.
A carta já havia sido publicada na autobiografia de Burrell, lançada em outubro do ano passado, mas a editora suprimiu a identidade da pessoa acusada pela princesa.
Como consequência, a imprensa sensacionalista britânica espera que Charles seja convocado por Burgess, que em tese pode pedir ao príncipe herdeiro e seus dois filhos que prestem depoimento.
A especulação do "Daily Mirror" representou mais um duro golpe para o príncipe, que recentemente foi alvo de suspeitas relacionadas a um escândalo sexual.
"Charles terá que enfrentar uma investigação por assassinato", disse a manchete de hoje do "Daily Express". A frase resume o tom adotado pela imprensa popular, que compete pela publicação de detalhes escabrosos sobre as diferentes teses que explicariam a morte de Diana.
Problema
Entre as possibilidades citadas pelos tablóides destacam-se a que afirma que Diana era um problema porque impedia o casamento de Charles com sua namorada, Camilla Parker-Bowles, e a que cita sua suposta gravidez de Dodi ou de outro homem, como o médico Hasnat Khan.
Em relação à última especulação, o ex-procurador da coroa John Burton afirma ser impossível. "Eu estava presente no dia em que os corpos foram examinados. Ela não estava grávida", afirmou Burton ao "Times". "Eu vi seu útero", afirmou. "Não se precisa de testes sanguíneos quando se examina o útero", declarou o ex-procurador, que se aposentou em 2002.
No mês passado, um alto funcionário da polícia francesa declarou que Diana estava grávida quando morreu.
Mas Burgess não escondeu suas dúvidas quanto à utilidade das investigações, cujas audiências só devem começar em 2005.
Burgess é o procurador da coroa da família real e do Condado de Surrey (sul de Inglaterra), onde está enterrado Dodi.
Paralelamente à abertura dos inquéritos, um tribunal escocês examina um recurso apresentado por Mohamed al Fayed solicitando uma investigação pública.
O empresário afirma que seu filho e Diana foram vítimas de um "assassinato horrível", planejado pelos serviços secretos britânicos.
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