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15/01/2004 - 21h34

Relatório sobre morte de cientista britânico será publicado neste mês

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da France Presse, em Londres

O relatório do juiz Hutton sobre o suicídio, em julho de 2003, do especialista em armamentos David Kelly --um informe potencialmente explosivo para o premiê britânico, Tony Blair-- será publicado em 28 de janeiro.

A última semana de janeiro promete apresentar muitos riscos para o chefe de governo. A publicação do relatório Hutton vem sendo muito esperada pelas implicações que poderá ter no futuro político de Blair. Alguns não hesitam em evocar a demissão do premiê e sua eventual substituição pelo eterno adversário trabalhista, o ministro da Economia e Finanças, Gordon Brown.

Durante as audiências, acompanhadas por todo o país, como uma grande novela, o juiz Brian Hutton ouviu 74 testemunhas entre os dias 11 de agosto e 13 de outubro últimos; entre elas, Tony Blair e Geoff Hoon.

Kelly, funcionário do Ministério da Defesa (MoD), teria sido a fonte de uma reportagem assinada por Andrew Gilligan, jornalista da BBC que acusou o governo de ter exagerado a ameaça iraquiana para justificar a Guerra no Iraque.

Crise

Uma semana depois de seu nome ter aparecido na imprensa, o cientista suicidou-se, na noite de 17 a 18 de julho, cortando as veias do pulso esquerdo. Esta morte teve o efeito de uma verdadeira bomba no Reino Unido e mergulhou Tony Blair --já criticado por uma longa fração da opinião pública por seu apoio total ao governo conservador americano-- na mais grave crise desde que ele chegou a Downing Street, em 1997.

O relatório Hutton poderá ser consultado no site www.the-hutton-inquiry.org.uk.

No dia 27 de janeiro, os parlamentares vão se pronunciar sobre um outro assunto que vem incomodando o primeiro-ministro: o financiamento das universidades. O projeto de lei trabalhista prevê que, a partir de 2006, as universidades serão autorizadas a fixar por conta própria suas despesas, que não deverão, no entanto, exceder 3.000 libras (4.500 euros) por ano, contra um total de 1.100 libras (1.656 euros), hoje.

Cento e sessenta deputados do Partido Trabalhista (de um total de 411) já assinaram uma moção de protesto, e Tony Blair, que declarou que sua autoridade está em jogo, é ameaçado por uma derrota humilhante.
 

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