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16/01/2010 - 17h34

Sobreviventes são localizados em supermercado que desabou no Haiti

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da Reuters, em Porto Príncipe

Equipes de socorro da Turquia e dos Estados Unidos resgataram sobreviventes soterrados em prédio desabado onde funcionava um supermercado, em Porto Príncipe, Haiti. O país foi atingido por um terremoto de 7 graus de magnitude terça-feira (12).

As equipes podiam ouvir dois grupos distintos de pessoas sob as pilhas de escombros do Caribe Market, de cinco andares, que ruiu completamente, soterrando dezenas de pessoas que faziam compras na hora em que a região foi abalada pelo tremor de 7.0 de magnitude.

Os membros das equipes conversavam com uma garota de 17 anos chamada Ariel e um menino que está com ela, que disseram estar sem ferimentos, mas com sede.

"Encontramos um menino e uma menina e estamos tentando chegar até eles. Estamos escavando desde a noite de quinta-feira", disse Charles McDermott, porta-voz de uma equipe de resgate da Agência Federal dos EUA de Gerenciamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês), vinda do Estado da Flórida.

Ele disse que há informações de que pelo menos cinco pessoas estão com vida sob os escombros do supermercado situado no bairro de Delmas, um dos mais afetados pelo terremoto que matou dezenas de milhares de pessoas no país.

"Estamos agindo em relação ao menino e à menina porque podemos conversar com e eles e eles dizem que estão bem, só precisam de água", afirmou McDermott. "Eles podem ver a luz do dia e à noite, enxergam luzes da torre de uma rádio. Só não conseguimos vê-los."

Por toda a cidade, moradores e equipes de resgate vêm cavando com as mãos e ferramentas básicas, em residências e edificações que desmoronaram, em uma tentativa desesperada de encontrar sobreviventes entre os mortos.

O gerente do supermercado, Samer Tahmoush, estima que num dia típico como a terça-feira na hora do terremoto haveria entre 75 e 100 consumidores na loja. Ele disse que muitos funcionários conseguiram sair correndo e outros foram rapidamente retirados dos escombros por equipes de resgate.

Mas Tahmoush afirmou saber que alguns dos empregados --caixas e empacotadores-- ficaram sob os destroços.

O supermercado, que era um dos maiores de Porto Príncipe, desabou por inteiro. Os pisos foram caindo um sobre os outros. Carrinhos de compras esmagados podem ser vistos entre as camadas de concreto. Também são visíveis as prateleiras de cor laranja e verde e artigos como comida para gatos, utensílios de cozinha, mercadorias eletrônicas, brinquedos, esponja e papel higiênico.

"Tivemos de fazer cortes por entre três pavimentos. Estamos cavando através do concreto, prateleiras, comida e tudo o que se encontra num supermercado", disse José 'Paco' Mendia da equipe da Fema.

Tragédia

O terremoto aconteceu às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país.

Ainda não há um dado preciso sobre o número de mortos. A Organização Pan-americana de Saúde, ligada à ONU, diz que pode ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já o Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. Nesta sexta-feira, governo do Haiti afirmou estimar em 140 mil o total de vítimas.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, elevou na sexta-feira para 17 o número de brasileiros mortos no país --14 militares e mais três civis, entre eles a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa.

Comentários dos leitores
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Gandin, escreveu:
" ... imagino que uma pessoa fale tanto mal do presidente, não deva nem jogar lixo na lixeira e, sim, em via pública da janela do importado dele. (risos).
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Vc é um daqueles que nem sabe o que fala ou escreve, então a gente precisa desenhar. Se vc nunca me viu, não sabe se sou mais magro ou mais gordo, como pode inventar uma asneira dessa para ter o que escrever? Isso é ser leviano, infantil.
sem opinião
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marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
Sr. Jose R. N. Filho. Gostei muito de seu testemunho e isso prova que há pessoas que sabem aproveitar os limões que a vida lhe oferecem e transforma-los em limonada. No caso das crianças haitianas houve muito desrespeito, pois o país, apesar de viver uma situação caótica, ainda tem suas leis e leis devem ser respeitadas.
No Brasil existem as leis que pegam e as que não pegam. Dentre as que pegaram está a Lei de Gerson, infeliz propaganda de cigarro feita por quem pela lógica deveria ser totalmente contra, por tratar-se de um atleta. Não podemos esquecer que o tabagismo, assim como o alcoolismo, são agentes causais da pressão alta. Como essa lei vale para todas as camadas socias, possivelmente existem milhares de mães pelo Brasil afora que se sentem orgulhosas quanto seus filhos fazem uso dela e se tornam cidadãos expressivos na sociedade, não por seus feitos positivos, mas por obterem prestígio e admiração justamente por serem espertos e aproveitadores.
Vejo como um fator positivo para o Haiti a sua proximidade com os EUA e seu grande mercado. Se se aproveitar o clima tropical para produzir frutas como o abacaxi e o mamão papaya que praticamente só é produzido no Hawai, o Haiti terá um importador garantido, e nestas duas culturas nós brasileiros somos experts. Pode-se aproveitar o clima da ilha para produzir cacau, abacate, seringais, uvas etc.
Cabe a agora aos paises com bom know-how agrícola se disporem a ajudar o Haiti, e só assim sairão desse estágio de atrazo.
sem opinião
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Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Para onde estão sendo levadas as crianças haitianas?
Para uma vida melhor, uma adoção justa?
Ou serão escravos de pessoas ditas boazinhas?
Acho q a UNICEF tem a obrigação de apurar.
7 opiniões
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