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18/01/2010 - 14h40

Senegal propõe criação de Estado africano para haitianos

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DIADIE BA
GABRIELA MATTHEWS
da Reuters, em Dacar

O líder do Senegal propôs a criação de um novo Estado africano para abrigar haitianos desabrigados pelo terremoto da semana passada, comparando o plano à criação de Israel, em 1948. Em meio à comoção africana pelo sofrimento de dezenas de milhares de haitianos que ainda esperam por ajuda, o presidente Abdoulaye Wade disse que a descendência de escravos garante aos haitianos o direito de uma nova vida no continente.

"Tudo o que estamos dizendo é que os haitianos não os levaram para lá. Eles estão lá devido à escravidão, cinco séculos de escravidão", disse Wade à Reuters TV nesta segunda-feira. "Temos que lhes oferecer a chance de vir à África, esta é a minha ideia. Eles têm tanto direito na África quanto eu tenho", afirmou ele sobre a proposta, que se tornou pública no fim de semana e deve ser submetida à União Africana, bloco de 53 países.

Wade se proclama defensor dos pobres no cenário internacional. Críticos afirmam que ele possui uma veia populista e que seus planos nem sempre se concretizam, mas o líder de 83 anos ignora os céticos. "Israel foi criado da mesma maneira", afirmou. "Você não pode me dizer que não é possível. Tudo é possível se os haitianos se empenharem."

O Senegal deve apresentar a resolução à União Africana pedindo a criação aos haitianos "de seu próprio Estado no território africano, a terra de seus ancestrais", de acordo com o texto da resolução publicado em jornais locais.

Wade disse que o Senegal e outros países africanos devem naturalizar qualquer haitiano que buscar nova nacionalidade, e defendeu um programa de adoção em massa de órfãos em todo o continente após o forte terremoto de terça-feira, que pode ter matado até 200.000 pessoas.

Comentários dos leitores
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Ze Vitrola (72) 02/02/2010 20h53
Gandin, escreveu:
" ... imagino que uma pessoa fale tanto mal do presidente, não deva nem jogar lixo na lixeira e, sim, em via pública da janela do importado dele. (risos).
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Vc é um daqueles que nem sabe o que fala ou escreve, então a gente precisa desenhar. Se vc nunca me viu, não sabe se sou mais magro ou mais gordo, como pode inventar uma asneira dessa para ter o que escrever? Isso é ser leviano, infantil.
sem opinião
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marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
marcos cesar fernandes (232) 02/02/2010 19h10
Sr. Jose R. N. Filho. Gostei muito de seu testemunho e isso prova que há pessoas que sabem aproveitar os limões que a vida lhe oferecem e transforma-los em limonada. No caso das crianças haitianas houve muito desrespeito, pois o país, apesar de viver uma situação caótica, ainda tem suas leis e leis devem ser respeitadas.
No Brasil existem as leis que pegam e as que não pegam. Dentre as que pegaram está a Lei de Gerson, infeliz propaganda de cigarro feita por quem pela lógica deveria ser totalmente contra, por tratar-se de um atleta. Não podemos esquecer que o tabagismo, assim como o alcoolismo, são agentes causais da pressão alta. Como essa lei vale para todas as camadas socias, possivelmente existem milhares de mães pelo Brasil afora que se sentem orgulhosas quanto seus filhos fazem uso dela e se tornam cidadãos expressivos na sociedade, não por seus feitos positivos, mas por obterem prestígio e admiração justamente por serem espertos e aproveitadores.
Vejo como um fator positivo para o Haiti a sua proximidade com os EUA e seu grande mercado. Se se aproveitar o clima tropical para produzir frutas como o abacaxi e o mamão papaya que praticamente só é produzido no Hawai, o Haiti terá um importador garantido, e nestas duas culturas nós brasileiros somos experts. Pode-se aproveitar o clima da ilha para produzir cacau, abacate, seringais, uvas etc.
Cabe a agora aos paises com bom know-how agrícola se disporem a ajudar o Haiti, e só assim sairão desse estágio de atrazo.
sem opinião
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Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Regina Martins (141) 02/02/2010 09h27
Para onde estão sendo levadas as crianças haitianas?
Para uma vida melhor, uma adoção justa?
Ou serão escravos de pessoas ditas boazinhas?
Acho q a UNICEF tem a obrigação de apurar.
7 opiniões
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