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27/01/2010 - 14h56

Apoiadores aguardam saída de Zelaya no aeroporto de Tegucigalpa

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da Efe, em Tegucigalpa (Honduras)
da Folha Online

Centenas de partidários do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, se concentram desde a manhã de hoje, de forma pacífica, no aeroporto de capital Tegucigalpa, o Toncontín, para saudar o hondurenho, que deverá deixar o país com destino à República Dominicana já nas próximas horas. Zelaya está isolado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde setembro do ano passado, após uma tentativa fracassada de angariar apoio popular suficiente para sua restituição.

Na noite desta terça-feira, o Congresso concedeu anistia política a Zelaya, o que não afeta as acusações penais contra ele e não deve alterar seu plano de partir para o exílio, autorizado graças a um salvo-conduto que deve ser concedido pelo presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, logo após sua posse.

Lobo já anunciou que, concluída a cerimônia de posse, irá escoltar Zelaya da embaixada até o aeroporto, acompanhado dos presidentes da República Dominicana, Leonel Fernández, e da Guatemala, Álvaro Colom.

"Eu estou aqui para me despedir do meu presidente", afirmou a cabeleireira María Eduviges Alvarenga, 58, à agência de notícias Efe. "Nós vamos dar "tchau" a ele, mas ele voltará e, se conseguirmos realizar a Assembleia Constituinte, voltará a ser presidente."

Cerca de 20 países, entre eles alguns da União Europeia, estarão representados na posse de Lobo. Aos 62 anos, o presidente hondurenho foi eleito em 29 de novembro passado em uma eleição que não foi reconhecida por toda a comunidade internacional por ser realizado sob o governo interino de Roberto Micheletti.

"Não me agrada esta anistia, se perdoamos os culpados pela morte de todas estas pessoas, as famílias não vão perdoar", disse à Efe Julio Sierra, pedreiro de 55 anos.

Para Sierra, a saída de Zelaya é "injusta", mas sua viagem é uma boa oportunidade para que se recupere e volte ao país.

Vendedor de discos, alguns com sucessos inspirados no golpe, Juan Carlos Oseguera afirmou que "todo mundo sabe que o que está acontecendo em Honduras não é normal". "Eu vou ao aeroporto sem medo, medo de que?", questiona. "Vamos nos despedir de nosso presidente".

Convidado

Zelaya confirmou ontem que deixará nesta quarta-feira a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa rumo à República Dominicana, ao lado do presidente Fernandez.

"Fui convidado pelo presidente Fernandez para ir à República Dominicana, e aceitei. Vou embora [de Honduras] com ele, com a aprovação, claro, do governo (hondurenho) de Porfirio Lobo Sosa", anunciou Zelaya em entrevista à Rádio Globo de Honduras.

Zelaya foi deposto e expulso de Honduras por militares nas primeiras horas de 28 de junho do ano passado, quando pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça.

Ele foi expulso, com apoio da Suprema Corte e do Congresso, sob a alegação de que visava a infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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