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Crise no BC argentino chega ao Congresso
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SILVANA ARANTES
da Folha de S. Paulo, em Buenos Aires (Argentina)
O presidente do Banco Central argentino, Martín Redrado, que luta na Justiça para se manter no cargo, do qual foi removido por decreto no último dia 8 pela presidente Cristina Kirchner, deu ontem sua versão dos fatos para a comissão do Congresso que deve aconselhar a mandatária na questão.
Cristina apontou "má conduta e descumprimento dos deveres" por parte de Redrado, que se opunha a transferir US$ 6,5 bilhões das reservas do BC a uma conta do Tesouro, para pagamento de parte da dívida externa. A transferência havia sido determinada por decreto em dezembro.
Ao exonerar Redrado, Cristina ignorou a exigência que a legislação argentina impõe ao Executivo de ouvir uma comissão do Congresso antes de remover a diretoria do BC.
Essa lacuna permitiu a Redrado voltar ao cargo, por força de uma medida judicial. Na semana passada, Cristina recuou e pediu à comissão que se reunisse. Após o pedido, uma corte de segunda instância suspendeu a liminar (decisão provisória) que mantinha o presidente do BC no posto.
Nesta terça-feira (26), Redrado ensaiou resistência ao enviar à comissão uma carta em que reivindicava, antes de ser ouvido, a revogação do decreto presidencial. Ele argumentou que não havia sentido uma consulta sobre decisão já tomada.
A cartada de Redrado desagradou a comissão, presidida pelo vice-presidente do país, Julio Cobos --que acumula a presidência do Senado e está rompido com Cristina. Cobos é acusado pelo governo de ter dado apoio para a insubmissão de Redrado. A Casa Rosada anunciou que não voltaria atrás.
Após quatro horas de depoimento, Redrado classificou seu comparecimento como "um ato republicano" e saiu dizendo que "o importante é garantir a autonomia do Banco Central' e que "nunca mais nem o Congresso, nem as reservas nem o BC sejam atropelados". Sua declaração prosseguirá hoje.
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