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Irã diz que sistema antimíssil dos EUA visa a acirrar divisões na região
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da Folha Online
O governo iraniano acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de querer criar uma fobia em relação aos iranianos no Oriente Médio ao instalar um sistema de defesa de mísseis no golfo. Teerã afirmou ainda que tem laços amigáveis com os países vizinhos e que não apresenta risco à segurança regional.
Funcionários do governo americano disseram neste domingo que os EUA expandiram o sistema de defesa de mísseis --com base em terra e no mar-- no golfo para enfrentar o que veem como ameaça crescente de um ataque iraniano.
As estruturas do sistema incluem a instalação do sistema de mísseis de defesa Patriot no Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
"Nós vemos estas medidas como uma conspiração e um plano dos países estrangeiros para criar um sentimento de fobia em relação aos iranianos", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Ramin Mehmanparast.
"Como eles perderam sua presença no Irã, eles sentem que não tem uma base e para justificar sua presença [na região] fazem tal insinuação", disse.
Na segunda-feira, o Departamento de Defesa dos EUA disse que uma tentativa de abater um míssil balístico que simulava um ataque do Irã fracassou devido a uma falha em um radar fabricado pela empresa Raytheon.
O teste fracassado de US$ 150 milhões sobre o oceano Pacífico coincide com relatório do Pentágono de que o Irã expandiu suas capacidades de mísseis balísticos e impõem uma ameaça significativa aos EUA e forças aliadas na região do Oriente Médio.
Em 17 de setembro passado, presidente Barack Obama anunciou que seu governo havia desistido do acordo fechado em 2008 entre Varsóvia e Washington que previa a instalação de dez interceptores de mísseis balísticos de longo alcance até 2013 na Polônia e um potente radar na República Tcheca.
Saiba mais sobre o novo plano antimísseis dos EUA na Europa
A ideia da administração Obama é investir em tecnologia mais moderna, bases marítimas em vez de apenas terrestres e interceptores móveis --capazes de se adaptar às ameaças quando e onde estiverem. Assim, as instalações previstas para Polônia e República Tcheca não seriam mais necessárias.
Segundo o presidente, o governo iraniano investiu no desenvolvimento de mísseis balísticos de curto e médio alcance e afastou a ameaça de mísseis de longo alcance que parecia iminente quando o plano foi criado.
Irã nega acusações de que mantenha um programa secreto de fabricação de armas e alega que seu programa nuclear visa apenas a produção de energia.
"Nós temos laços amigáveis com todos os países da região e nossa opinião é de que a segurança regional pode ser realizada pela cooperação coletiva destes países", disse Mehmanparast.
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, também criticou a medida americana. "É estranho que os americanos não repararam que o problema na região é sua presença e enquanto mais artilharia colocam [nesta região], mas os países ficarão preocupados".
Com Reuters e Associated Press
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