Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/02/2010 - 11h15

Bomba mata três militares americanos e três crianças no Paquistão

Publicidade

da Folha Online

Uma bomba plantada do lado de fora de uma escola para garotas explodiu nesta quarta-feira, matando três militares americanos, um militar paquistanês e três crianças, segundo um balanço do Exército paquistanês. O atentado, que ocorreu no distrito do Baixo Dir, deixou ainda 45 feridos, a maioria meninas que estudavam no local.

Informações anteriores de fontes de segurança locais indicavam que quatro estrangeiros haviam morrido no atentado --membros de uma ONG de projetos humanitários que passavam pelo local em um veículo escoltado pelas forças de segurança paquistanesas.

Naveed Ali/AP
Policiais paquistaneses inspecionam local de explosão de bomba no distrito do Baixo Dir; sete morreram
Policiais paquistaneses inspecionam local de explosão de bomba no distrito do Baixo Dir; sete morreram

O ataque aconteceu por volta das 11h15 (4h15 no horário de Brasília), quando uma bomba que estava junto à estrada explodiu enquanto o comboio passava. Segundo Mumtaz Zarin, chefe de polícia do distrito de Baixo Dir, o comboio incluía basicamente membros da ONG que seguiam para a inauguração de uma escola, acompanhados por vários militares.

Os três soldados americanos faziam parte de uma pequena unidade que treina a polícia de fronteira paquistanesa, responsável pela segurança das áreas do noroeste próxima à fronteira com o Afeganistão.

Eles faziam parte do comboio de militares que seguia para a cerimônia de abertura da nova escola para garotas recentemente reformada graças à ajuda americana.

O local fica próximo ao vale de Swat, onde o governo lançou uma grande ofensiva no ano passada e disse ter expulsado todos os militantes do grupo islâmico radical Taleban. A agência de notícias France Presse, que não cita fontes, diz que o grupo reivindicou a autoria do ataque.

A explosão, detonada por controle remoto, foi um duro lembrete da resistência dos militantes do Taleban contra o governo do presidente Asif Ali Zardari, muito impopular por sua postura pró-Estados Unidos.

O ataque chama a atenção ainda para a presença americana em solo paquistanês, em um momento que os americanos não são bem vistos por violações da soberania nacional com ataques de aviões não tripulados. Os EUA e o Paquistão falam muito pouco do programa de treinamento das tropas para evitar uma reação dos militantes.

Escolas, mercados e instalações militares e da polícia estão entre os alvos mais comuns dos ataques terroristas do Taleban, apesar das recentes ofensivas do Exército paquistanês apoiado pelos aviões não tripulados americanos.

Fontes dizem que o governo americano está em acordo com Islamabad para o lançamento de mísseis por aviões não tripulados, mas que permite ao governo paquistanês condená-los publicamente para evitar uma reação maior.

Tanto o primeiro-ministro paquistanês, Yousef Raza Guilani, quanto o ministro de Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, condenaram o atentado e ordenaram a abertura de uma investigação.

Com agências internacionais

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página