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23/08/2000
-
19h55
MARCOS RESENDE*
especial para a Folha Online
Construído pelo consórcio Airbus, que envolve as indústrias aeroespaciais da França, Inglaterra, Alemanha e Espanha, o A-320 foi um "divisor de águas" na história da tecnologia aeronáutica.
É uma aeronave de alcance curto/médio, bi-motora, e em sua configuração típica transporta 150 passageiros. Existem versões mais curtas (A-319) e mais compridas (A-321). Projetado e construído durante os anos 80, a aeronave incorporou avanços eletrônicos que se tornaram padrão em todos os aviões posteriormente fabricados pela Airbus, como os aparelhos de longo alcance A-340 e A-330.
A característica mais revolucionária diz respeito aos controles de vôo: o A-320 não tem manches convencionais, e sim sidesticsks (uma espécie de joystick, como os usados para jogos em computadores) nas laterais da cabine. Esse sistema, conhecido como fly-by-wire, substitui as conexões mecânicas entre o manche e as superfícies de controle por comandos eletrônicos, gerados pelo piloto ao manusear o sidestick.
Esses sinais são interpretados pelos computadores de comando de vôo, que posteriormente posicionarão as superfícies de controle através de dispositivos hidráulicos.
Esse sistema incorpora proteções para impedir que o piloto inadvertidamente efetue manobras extremamente bruscas, que pudessem afetar a integridade estrutural da aeronave. No entanto, esse mesmo sistema impediu que os pilotos evitassem que um A-320 colidisse com o solo.
O acidente ocorreu em um vôo de demonstração, durante uma feira aeroespacial na Europa, diante de milhares de espectadores que apreciavam o novo avião da Airbus.
O A-320 entrou em serviço em abril de 1988, operando pelas cores da Air France. Ao final de julho de 2000, 840 aeronaves desse tipo estavam em serviço, operados por empresas de todo o mundo. Essa frota já acumulou mais de 10.5 milhões de horas de vôo, em mais de 6 milhões de decolagens.
A aeronave envolvida no acidente que ocorreu nesta quarta-feira, às 16:40 (hora GMT), era um A-320, prefixo A40-EK, número de série 481, que foi entregue nova para a Gulf Air em setembro de 1994. O avião havia acumulado aproximadamente 17.177 horas de vôo, em 13.848 ciclos. Era equipado com motores CFM-56-5, e nunca havia sofrido um acidente.
Especificações Técnicas do Airbus A-320
Comprimento - 37,57 metros
Diâmetro da Fuselagem - 3,96 metros
Altura máxima - 11,76 metros
Envergadura - 34,09 metros
Peso Máximo Decolagem - 73.900 quilos
Peso Máximo de Pouso - 64.500 quilos
Peso Máximo Zero Combustível - 61.000 quilos
Capacidade Máxima dos Tanques de Combustível - 23.860 quilos
Peso Básico Operacional - 41.000 quilos
Motores - Dois turbojatos CFM-56-5 ou IAE V2500, cada um produzindo de 25.000 a 27.000 libras de empuxo, conforme a versão
Mach Máximo Operacional - M 0.82
Alcance no Peso Máximo - 5.000 km
* MARCOS RESENDE é piloto da aviação comercial
Leia mais sobre o acidente aéreo em Bahrein
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Conheça o Airbus A-320, o avião que caiu em Bahrein
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Construído pelo consórcio Airbus, que envolve as indústrias aeroespaciais da França, Inglaterra, Alemanha e Espanha, o A-320 foi um "divisor de águas" na história da tecnologia aeronáutica.
É uma aeronave de alcance curto/médio, bi-motora, e em sua configuração típica transporta 150 passageiros. Existem versões mais curtas (A-319) e mais compridas (A-321). Projetado e construído durante os anos 80, a aeronave incorporou avanços eletrônicos que se tornaram padrão em todos os aviões posteriormente fabricados pela Airbus, como os aparelhos de longo alcance A-340 e A-330.
A característica mais revolucionária diz respeito aos controles de vôo: o A-320 não tem manches convencionais, e sim sidesticsks (uma espécie de joystick, como os usados para jogos em computadores) nas laterais da cabine. Esse sistema, conhecido como fly-by-wire, substitui as conexões mecânicas entre o manche e as superfícies de controle por comandos eletrônicos, gerados pelo piloto ao manusear o sidestick.
Esses sinais são interpretados pelos computadores de comando de vôo, que posteriormente posicionarão as superfícies de controle através de dispositivos hidráulicos.
Esse sistema incorpora proteções para impedir que o piloto inadvertidamente efetue manobras extremamente bruscas, que pudessem afetar a integridade estrutural da aeronave. No entanto, esse mesmo sistema impediu que os pilotos evitassem que um A-320 colidisse com o solo.
O acidente ocorreu em um vôo de demonstração, durante uma feira aeroespacial na Europa, diante de milhares de espectadores que apreciavam o novo avião da Airbus.
O A-320 entrou em serviço em abril de 1988, operando pelas cores da Air France. Ao final de julho de 2000, 840 aeronaves desse tipo estavam em serviço, operados por empresas de todo o mundo. Essa frota já acumulou mais de 10.5 milhões de horas de vôo, em mais de 6 milhões de decolagens.
A aeronave envolvida no acidente que ocorreu nesta quarta-feira, às 16:40 (hora GMT), era um A-320, prefixo A40-EK, número de série 481, que foi entregue nova para a Gulf Air em setembro de 1994. O avião havia acumulado aproximadamente 17.177 horas de vôo, em 13.848 ciclos. Era equipado com motores CFM-56-5, e nunca havia sofrido um acidente.
Especificações Técnicas do Airbus A-320
Comprimento - 37,57 metros
Diâmetro da Fuselagem - 3,96 metros
Altura máxima - 11,76 metros
Envergadura - 34,09 metros
Peso Máximo Decolagem - 73.900 quilos
Peso Máximo de Pouso - 64.500 quilos
Peso Máximo Zero Combustível - 61.000 quilos
Capacidade Máxima dos Tanques de Combustível - 23.860 quilos
Peso Básico Operacional - 41.000 quilos
Motores - Dois turbojatos CFM-56-5 ou IAE V2500, cada um produzindo de 25.000 a 27.000 libras de empuxo, conforme a versão
Mach Máximo Operacional - M 0.82
Alcance no Peso Máximo - 5.000 km
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