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Irã faz nova oferta nuclear e EUA se dizem dispostos a ouvir
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da Reuters, em Teerã (Irã)
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta terça-feira que o Irã está disposto a enviar seu urânio enriquecido para o exterior em troca de combustível nuclear para fins científicos --retomando a base do acordo assinado com potências e a ONU (Organização das Nações Unidas) no ano passado e que havia sido abandonado diante do retrocesso na posição iraniana.
Em Washington, uma fonte oficial disse que os Estados Unidos estão interessados em ouvir uma eventual oferta de Teerã para superar o impasse em torno do programa nuclear do país.
Ebrahim Noroozi/Reuters |
Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, faz nova oferta para enriquecimento de urânio e retoma acordo com potências |
O chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, disse que o urânio poderia ser trocado na Turquia, no Brasil ou no Japão, caso um acordo seja alcançado.
Ahmadinejad pareceu abrir mão pela primeira vez das condições que Teerã havia imposto para aceitar a troca proposta pela ONU, a qual atenuaria as preocupações ocidentais de que o Irã acumule material radiativo adequado para o uso em armas nucleares.
O Irã, que nega a intenção de desenvolver armas atômicas, enviaria urânio baixamente enriquecido para ser reprocessado no exterior, e em troca receberia combustível mais enriquecido para um reator de pesquisas médicas.
"Não temos problema em enviar nosso urânio enriquecido para o exterior", disse Ahmadinejad à TV estatal.
"Dizemos: vamos lhes dar nosso urânio enriquecido a 3,5%, e vamos receber combustível. Pode levar quatro a cinco meses até recebermos o combustível. Se mandarmos nosso urânio enriquecido para o exterior e eles não nos derem o combustível enriquecido a 20% para o nosso reator, somos capazes de produzi-lo dentro do Irã", afirmou.
Em Washington, uma fonte oficial dos EUA disse, sob anonimato: "Se o Irã tem algo novo a dizer, estamos preparados para ouvir".
A proposta de intercâmbio de material havia sido feita no ano passado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), e o Irã havia ignorado o prazo dado para uma resposta, até 23 de outubro. Agora, no entanto, o governo parece empenhado em evitar uma quarta rodada de sanções da ONU ao seu programa nuclear, como desejam os EUA e seus aliados.
A declaração de Ahmadinejad é aparentemente algo inédito, mas a palavra final sobre a questão nuclear cabe ao líder supremo do regime islâmico, o aiatolá Ali Khamenei.
"Fizemos uma oferta de boa fé e equilibrada a respeito do reator de pesquisas de Teerã", disse em Washington o porta-voz da Casa Branca Mike Hamer. "Acreditamos que faz sentido para todas as partes. Se os comentários do sr. Ahmadinejad refletem uma posição iraniana atualizada, esperamos que o Irã informe a
AIEA."
Pela proposta em discussão, o Irã embarcaria 70% do seu estoque de urânio baixamente enriquecido, que seria convertido no exterior em cápsulas de combustível compatíveis para o uso no reator médico, mas inviável para o desenvolvimento de armas nucleares.
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