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08/02/2004 - 13h55

Bush diz ser "presidente da guerra" e defende invasão do Iraque

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da France Presse

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se definiu hoje como o "presidente da guerra" e advertiu sobre os perigos que o mundo enfrenta. As afirmações foram feitas em uma entrevista à rede de TV "NBC", na qual defendeu a política do seu governo.

"Sou um presidente da guerra", disse em uma entrevista na qual estabeleceu sua agenda para a eleição presidencial em novembro. "Tomo decisões na sala oval para os assuntos de política externa com a guerra em minha mente. Gostaria que não fosse verdade, mas é. E o povo americano precisa saber que tem um presidente que vê o mundo como ele é. E vê os perigos que existem e é importante para nós lidar com eles", afirmou.

Bush, que declarou guerra contra o terrorismo depois dos ataques de 11 de setembro em 2001 e ordenou a invasão do Iraque, insistiu que seu trabalho para dar segurança aos Estados Unidos não terminou ainda, mas não se comprometeu com uma data para capturar o líder da rede fundamentalista islâmica Osama Bin Laden.

O presidente foi questionado se pensava que o cérebro dos atentados com aviões seqüestrados por pilotos suicidas contra Washington e Nova York seria capturado antes das eleições presidenciais de 2 de novembro. Mas o dirigente não quis falar sobre esta questão.

Invasão do Iraque

Bush defendeu, no entanto, a decisão de invadir o Iraque afirmando que se tratou de "uma guerra por necessidade", mesmo que não tenham sido encontradas armas de destruição em massa.

"Esperávamos descobrir armas, mas tomamos uma decisão de ir à guerra com base nas melhores informações possíveis."

"Na minha opinião, não tínhamos opção quando analisamos as informações, que diziam que esse homem [Saddam Hussein] era uma ameaça. Nunca houve dúvida em mim de que Saddam Hussein representava um perigo para os Estados Unidos."

Bush admitiu também saber que existe um certo nervosismo entre os iraquianos sobre seu futuro, mas garantiu que um regime islâmico fundamentalista não voltará a vigorar no país.

"Esse povo está comprometido com uma sociedade pluralista. O caminho para a democracia está cheio de obstáculos. Principalmente porque essa gente foi aterrorizada e torturada por Saddam Hussein."

Eleições

Quanto às eleições de novembro, declarou-se convencido de que será o vencedor.

"Não vou perder. Não pretendo perder. Tenho uma visão sobre o que quero fazer pelo país. Quero liderar esse mundo para a paz e a liberdade. Quero liderar este grande país para trabalhar junto com os outros para mudar o mundo de maneira positiva", disse.

Bush não quis, no entanto, comentar o desafio que pode representar o senador por Massachusetts, John Kerry, favorito nas internas democratas e nas pesquisas de opinião.

Tanto Bush como Kerry são formados pela Universidade de Yale e membros da sociedade secreta "Crânios e Ossos". "É algo tão secreto que não podemos falar sobre isso", disse.
 

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