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Ataques contra xiitas matam ao menos 27 no Iraque e 25 no Paquistão
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da Folha Online
Ataques a bomba contra muçulmanos xiitas mataram nesta sexta-feira ao menos 27 pessoas na cidade sagrada xiita de Kerbala, no Iraque, e outras 25 em dois atentados em Karachi, no Paquistão. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques, que ocorrem no dia de importante feriado religioso xiita.
No Iraque, ao menos 27 pessoas morreram e outras 75 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba na estrada que une a Província de Babel à cidade de Kerbala, cerca de 100 km ao sul de Bagdá.
Mushtaq Muhammed/Reuters |
Soldados iraquianos inspecionam danos causados pela explosão de uma bomba na cidade sagrada xiita de Kerbala, Iraque |
A estrada estava cheia de milhares de peregrinos xiitas que foram à cidade para celebrar o Arbain, festa que marca o fim dos 40 dias de luto pela morte do imame Hussein, morto em uma batalha no ano 680 em episódio que simboliza a cisão do Islã.
O número de mortos, contudo, deve aumentar. A agência de notícias Associated Press, que cita autoridades locais, já fala em 40 mortos e 154 feridos.
As explosões ocorreram na zona de Qantara al Salam, nos arredores de Kerbala. Fontes locais dizem que os dois carros-bomba estavam na estrada pela qual milhares de fiéis xiitas passam na peregrinação à cidade santa, a 110 quilômetros da capital, Bagdá.
É em Kerbala que os xiitas celebram o Arbain, festa que marca o fim dos 40 dias de luto pela morte do imame Hussein, neto do grande profeta Maomé, morto em uma batalha em Kerbala no ano 680.
O ataque ocorreu no último e mais importante dia do Arbain e foi o terceiro grande atentado contra os peregrinos xiitas em apenas uma semana. Na segunda-feira (1º), mais de 40 foram mortos nos arredores da capital quando iniciavam a peregrinação. Na quarta-feira (3), ao menos 20 xiitas morreram quando chegavam a Kerbala. Os ataques ocorreram mesmo com o reforço na segurança por militares e policiais.
O governador da Província, Amal Eddin Al Her, acusou a rede terrorista Al Qaeda pelo ataque. Ele disse ainda que os militantes teriam agido com ajuda de integrantes do Partido Baath, do ex-ditador Saddam Hussein e pertencente à maioria sunita.
Banidos sob o regime de Saddam, Arbain e outros ritos religiosos xiitas atraem milhares não apenas do Iraque, mas de países vizinhos, desde que o ditador foi derrubado na invasão americana de 2003.
De maneira geral, a violência no Iraque caiu significativamente. As aglomerações de xiitas, contudo, continuam alvo da violência de militantes islâmicos sunitas. Mais de um milhão de peregrinos do mundo inteiro comemoram nesta sexta-feira, em Kerbala, o aniversário da morte do imame Hussein, figura importante do xiismo, morto em uma batalha que viria simbolizar o cisma do Islã.
Paquistão
Também nesta sexta-feira, dois ataques a bomba aparentemente coordenados mataram ao menos 25 pessoas em Karachi, capital financeira do Paquistão. a primeira bomba explodiu perto de um ônibus que levava xiitas para uma celebração religiosa, matando 12 pessoas e ferindo outras 49. A segunda detonou no hospital onde os feridos estavam sendo tratados e matou mais 13 pessoas, além de deixar mais 50 feridos.
Rehan Khan/Efe |
Membro das forças de segurança paquistanesas avalia os restos de ônibus com xiitas atingido por bomba em Karachi |
A primeira bomba estava acoplada em uma motocicleta na rota pela qual o ônibus passava rumo à procissão Arbaeen. Segundo as autoridades locais, a maioria dos passageiros era mulheres e crianças.
A segunda explosão ocorreu em frente à entrada do atendimento de emergência do Hospital Jinnah, que estava cheio de vítimas do primeiro ataque.
A explosão causou o caos no hospital já sobrecarregado de pacientes. Um homem segura uma criança acima de sua cabeça, tentando passar pela multidão e conseguir atendimento. Outra vítima com um ferimento no peito estava em uma maca chorando e pedindo por ajuda.
Shakil Adil/AP |
Pessoas observam danos causados por explosão na porta de hospital no Paquistão; ao todo 25 morreram em ataques |
O membro do esquadrão antibombas Munir Sheikh, citado pela Associated Press, disse que uma terceira bomba foi encontrada no estacionamento do hospital.
As explosões em Karachi são o mais recente sinal da instabilidade causada pela violência no Paquistão, uma nação nuclear que os Estados Unidos veem como essencial para o combate ao grupo islâmico Taleban, no vizinho Afeganistão.
O primeiro-ministro, Yousuf Raza Gilani, pediu para que os xiitas, minoria de 30% da população, mantenham a calma na cidade. Em dezembro, a morte de mais de 40 xiitas em um atentado suicida causou protestos violentos e distúrbios.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas o Paquistão é cenário de muitos grupos radicais da maioria sunita, com um histórico de ataques a xiitas.
Com agências internacionais
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