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18/02/2004 - 13h32

ETA luta há mais de 30 anos contra o Estado espanhol

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da France Presse, em Madri

O grupo terrorista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), que hoje anunciou uma trégua indefinida na Catalunha (nordeste da Espanha), mantém há 36 anos uma guerra contra o Estado espanhol pela independência do País Basco (norte).

O ETA reivindica a independência de Euskal Herria, um País Basco que vai de Adour até Ebro, e que inclui a região autônoma espanhola do País Basco, Navarra, e o País Basco francês, no sudoeste do país vizinho.

As ações terroristas da organização separatista basca provocaram a morte de mais de 800 pessoas, civis e militares, desde 1968, segundo uma recontagem do Ministério do Interior espanhol. Desde então, o ETA perdeu cerca de 200 ativistas, segundo fontes nacionalistas radicais.

Mais de 90% das vítimas da ETA foram assassinadas após a morte do ditador Francisco Franco em 1975 e desde o restabelecimento da democracia na Espanha.

A União Européia (UE) incluiu o ETA na lista européia de organizações terroristas em dezembro de 2001.

Os objetivos do ETA eram defendidos no plano político pela coligação radical Batasuna, antes denominada Herri Batasuna (HB) e Euskal Heritarrok (EH), que em diversas eleições conseguiu entre 12% e 18% dos votos do eleitorado Basco.

Braço político

O Batasuna, considerado braço político do ETA foi declarado ilegal em março de 2003 pelo Supremo Tribunal de Justiça espanhol, por considerar que pertence ao grupo separatista e em seguida foi incluída na lista de organizações terroristas da UE e do Departamento de Estado americano.

O ETA, cujo símbolo é uma tocha com uma serpente enlaçada, foi fundado em 31 de julho de 1959 por estudantes nacionalistas contra o "imobilismo" diante do franquismo do Partido Nacionalista Basco (PNV, democratas-cristãos), no poder no País Basco desde 1980.

Este movimento nacionalista foi criado no fim do século 19 sobre a base de uma ideologia étnica, antiespanhola e ultracatólica de seu fundador Sabino Arana, que contou com a adesão do marxismo-leninismo dos fundadores do ETA.

A polícia e o Exército foram se tornando aos poucos os alvos preferidos do ETA, cujos métodos incluem especialmente os carros-bomba, a violência urbana e o assassinato de vítimas selecionadas.

Em duas ocasiões, as esperanças de um fim da violência --em 1989 e em 1998-- desapareceram.

O ETA retomou suas ações terroristas no início de 2000 depois de uma trégua de 14 meses e, desde então, matou mais de 44 pessoas.

Segundo a policia civil, 817 pessoas morreram em atentados do ETA desde 1968, dos quais 478 eram policiais de diversos membros de segurança.

Por região autônoma, e segundo o Ministério do Interior, as vítimas fatais do ETA no País Basco (norte) chegam a 547 desde 1968; em Madri foram 121; em Navarra (norte) 40 e na Catalunha 55. Em outras regiões do país, cerca de 54 pessoas morreram em atentados da organização armada.

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