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17/02/2010 - 10h51

Líder supremo do Irã acusa EUA de transformar golfo em depósito de armas

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da Folha Online

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rebateu nesta quarta-feira as duras críticas dos Estados Unidos e acusou o país de ser belicista e de transformar o golfo Pérsico em um "depósito de armas". Khamenei acusou ainda a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de "proferir mentiras" em suas acusações de que o Irã é uma ameaça e se transforma em uma ditadura militar, durante viagem pela região.

"Os que transformaram o Golfo Pérsico em depósito de armas para bombear o dinheiro dos países da região enviam, agora, sua agente com falsidades", afirmou Khamenei em discurso para moradores de Tabriz (nordeste).

"Mas ninguém acredita nestas mentiras, porque eles sabem que a América é o verdadeiro Estado belicista" afirmou o aiatolá. "Eles invadiram o Afeganistão e o Iraque e agora estão acusando a República Islâmica. Todo mundo sabe que a República Islâmica é pacífica e fraterna entre todos os Estados islâmicos do mundo", completou.

Os comentários do aiatolá são o mais recente sinal da tensão crescente entre Washington e Teerã, que vivem décadas de oscilações nas relações bilaterais motivadas, acima de tudo, pelo controverso programa nuclear iraniano.

Os EUA lideram uma campanha para a aprovação de uma quarta rodada de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O Irã rejeita a pressão e diz que os países que impuserem sanção vão se arrepender. O país nega ainda as acusações do Ocidente de que esconde fins militares de seu programa nuclear.

No mês passado, os EUA anunciaram que expandiram os sistemas de defesa de mísseis em terra e mar na região do golfo --uma rota crucial para o fornecimento de petróleo, diante da ameaça crescente imposta pelo Irã.

Nos últimos dois dias, Hillary defendeu com vigor a política de pressões, principalmente novas sanções internacionais contra o Irã, dizendo duvidar fortemente dos objetivos pacíficos proclamados do programa nuclear de Teerã.

Ela também considerou que o Irã "caminha para uma ditadura militar" denunciando o controle da Guarda Revolucionária --o exército ideológico do regime islâmico-- nas estruturas políticas e econômicas do país.

A secretária americana passou três dias no golfo em busca de apoio internacional a novas sanções contra o Irã após o anúncio do presidente iraniano de seus planos para produzir urânio enriquecido a 20% para seu reator e construir mais dez usinas nucleares em apenas um ano.

Para tal, são necessários nove dos 15 votos do Conselho de Segurança e nenhum veto dos cinco membros permanentes --EUA, Reino Unido, França e as reticentes China e Rússia.

Com France Presse e Reuters

 

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