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25/02/2004 - 20h30

Terremoto no Marrocos matou 571 e feriu 405, diz ministro

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da France Presse, em Al Hoceima (Marrocos)

O número de mortos no tremor de terra registrado ontem no nordeste do Marrocos subiu para 571 e o número de feridos para 405, segundo o mais recente balanço provisório divulgado hoje pelo ministro marroquino do Interior, Mostafá Sahel.

O número anterior era de 564 mortos e 300 feridos.

O ministro aproveitou para anunciar várias medidas de ajuda aos desabrigados, durante uma entrevista à imprensa em Al Hoceima, no nordeste do Marrocos.

Os primeiros auxílios começaram a chegar hoje à região de Al Hoceima. Réplicas de forte intensidade já foram registradas e continuam preocupando os sobreviventes.

A comunidade internacional se mobilizou para ajudar as vítimas do terremoto, que devastou diversas aldeias perto de Al Hoceima, uma cidade portuária no litoral mediterrâneo do Marrocos.

Equipes de socorristas, procedentes principalmente da Espanha, da Argélia e da França, chegaram com alimentos e remédios, e estavam hoje auxiliando os socorristas locais.

Enquanto a ajuda começava a ser distribuída entre as pessoas afetadas pelo terremoto, estas ainda demonstravam preocupação com as diversas réplicas sísmicas, algumas de forte intensidade, que foram registradas em toda a região.

Réplicas

Al Hoceima foi afetada nas primeiras horas da manhã de hoje por uma réplica de 4,3 graus na escala Richter, segundo o Laboratório Marroquino de Geofísica. Os moradores deixaram suas casas e se dirigiram, assustados, para os espaços abertos do centro da cidade.

Várias pessoas desmaiaram durante o novo tremor, afirmaram testemunhas.

Outra réplica, que alcançou os 5,2 graus na escala Richter, segundo o Instituto Geográfico Espanhol, foi registrada às 12h44 (9h44 de Brasília) com o mesmo epicentro do terremoto da véspera, cerca de 20 km ao sul de Al Hoceima.

Estas réplicas aterrorizaram os moradores --já assustados com a catástrofe da véspera, de magnitude 6,3 graus na escala de Richter--, que passaram uma noite de angústia nas ruas ou em jardins públicos.

Diversos edifícios danificados pelo primeiro terremoto foram destruídos pelas réplicas.

Polêmica

O terremoto despertou uma polêmica sobre a qualidade das edificações e sobre a facilidade com a qual são concedidas as autorizações de construção.

Omar Mussa Abdela, membro de uma associação regional para o desenvolvimento econômico e social, disse que nenhuma lição foi tirada do último terremoto que devastou a região, em 26 de maio de 1994.

Algumas pessoas protestaram contra a lentidão da distribuição das ajudas.

O levantamento definitivo das vítimas do terremoto ainda não foi divulgado pelas autoridades marroquinas. As equipes de socorristas continuavam a retirar corpos dos escombros, tanto em Imzouren quanto em Ait Kamra, as duas principais cidades afetadas.

O rei Mohammed 6º, que se deslocou a Tanger (noroeste) "para estar perto de seu povo e acompanhar as operações de socorro", não visitou a zona sinistrada, ao contrário do que havia anunciado a agência oficial Map.

O soberano presidiu em Tanger uma sessão de trabalho dedicada à "avaliação da situação nas Províncias afetadas", informou a Map. O rei do Marrocos também pediu que as operações de socorro sejam aceleradas.

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