Maquinista que sobreviveu a acidente na Bélgica nega ter avançado sinal

O maquinista de um dos trens que colidiram de frente no último dia 15 negou a hipótese das autoridades de que ignorou um sinal vermelho e causou o acidente que deixou ao menos 19 mortos e 171 feridos. A companhia ferroviária nacional (SNCB), contudo, disse que o maquinista já desrespeitou sinalização em outra ocasião.

O condutor, que sobreviveu ao acidente ao pular da locomotiva instantes antes da colisão do seu trem com outra composição, está sendo interrogado pela primeira vez desde o acidente. Às autoridades, ele insiste que o sinal supostamente desrespeitado estava amarelo e ficou verde, informou a agência de notícias Belga.

Folha Online/Arte

Já o funcionário da SNCB Jochem Goovaerts disse nesta sexta-feira que o maquinista ignorou a velocidade máxima indicada por uma placa sinalizadora no passado, o que o fez parar o trem que conduzia um metro além do ponto que deveria.

Nessa ocasião, o condutor foi suspenso por um determinado período e só voltou à cabine de comando de um trem após ter sido avaliado durante vários dias por um instrutor, esclareceu Goovaerts.

Uma investigação técnica vai determinar se o maquinista, que continua sendo interrogado pela polícia, diz a verdade quando alega que não avançou nenhum sinal vermelho.

A rede de TV belga VTM informou que essas infrações são frequentes. Só no ano passado, os maquinistas belgas avançaram 117 semáforos vermelhos, de acordo com a emissora.