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Dubai diz que membro do Hamas pode ter ajudado na morte de líder do grupo
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da Folha Online
O chefe da polícia de Dubai, general Dahi Jalfan Tamin, afirmou neste domingo que um membro do movimento islâmico palestino Hamas revelou ao esquadrão os movimentos de Mahmoud Al Mabhouh, líder do grupo que foi encontrado morto em um quarto de hotel da cidade dos Emirados Árabes Unidos.
Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em seu quarto em um hotel de Dubai no último dia 20 de janeiro, um dia após sua morte.
A polícia de Dubai revelou que 11 pessoas --dez homens e uma mulher-- são suspeitos de serem os responsáveis pelo assassinato. Eles utilizaram seis passaportes britânicos, três irlandeses, um francês e um alemão.
Em declarações publicadas na edição on-line do jornal "Al Jalich", Jalfan pediu ao Hamas que abra uma investigação interna para determinar como aconteceu o vazamento da informação que conduziu à morte de Mabhouh.
Segundo ele, só uma pessoa sabia que o líder do Hamas estava indo para os Emirados Árabes Unidos. Portanto, apenas ela poderia ter repassado a informação aos assassinos de Mabhouh.
O general afirmou ainda que o responsável pelo vazamento é o verdadeiro culpado pelo assassinato.
Passaporte diplomático
Jalfan, que acusa os serviços secretos israelenses, Mossad, pelo assassinato, disse que o esquadrão utilizou passaportes diplomáticos para entrar no país.
"Há informações que a polícia de Dubai não quer tornar públicas no momento, especialmente no que diz respeito aos passaportes diplomáticos utilizados por membros do esquadrão", afirmou, sem revelar mais detalhes, ao jornal oficial "Al Bayan".
Jalfan afirmou neste sábado que os investigadores tinham provas, incluindo escutas telefônicas, sobre o envolvimento dos serviços de espionagem israelenses no assassinato.
França, do Reino Unido e Irlanda disseram que os passaportes utilizados pelos suspeitos do assassinato são falsos. Já a revista alemã "Der Spiegel" afirmou que o documento alemão é verdadeiro e foi emitido para um israelense que pediu dupla nacionalidade.
Segundo a imprensa israelense, o esquadrão da morte teria usurpado a identidade de pelo menos sete israelenses que possuem nacionalidades estrangeiras para realizar o crime.
A polícia de Dubai já pediu à Interpol que decrete uma ordem de prisão preventiva contra o chefe do Mossad, caso fique provado o envolvimento dele no assassinato de Mabhouh.
Com Efe e France Presse
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