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Europa critica ditador líbio por convocar guerra santa contra Suíça
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da Folha Online
A União Europeia (UE) condenou nesta sexta-feira como inoportuna as declarações do ditador líbio, Muammar Gaddafi, que convocou na véspera uma jihad (guerra santa) contra a Suíça, por causa da destruição de minaretes no país europeu.
Lutz Güllner, porta-voz da chefe da Diplomacia da UE, Catherine Ashton, disse a jornalistas que os comentários de Gaddafi são "pouco habituais" e "chegam em um momento inoportuno quando a União Europeia trabalha intensamente com a Suíça para alcançar uma solução diplomática" para a crise entre os dois países.
A França adotou um tom mais duro e disse serem "inaceitáveis" os apelos de Gaddafi contra a Suíça. Paris disse ainda que os dois países devem resolver suas diferenças através da negociação, segundo o porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, Bernard Valero.
Gaddafi convocou nesta quinta-feira uma jihad contra a Suíça pela proibição feita pela Confederação Helvética de que sejam construídos minaretes --as torres das mesquitas usadas para convocar os muçulmanos para as preces-- no país, decisão tomada após aprovação com 57,5% dos votos em um referendo no final de novembro.
As relações entre a Suíça e a Líbia, contudo, começaram a se deteriorar em julho de 2008, após o interrogatório feito com um dos filhos do coronel Gaddafi, Hannibal, em Genebra, sobre uma queixa de duas empregadas que o acusavam de maus-tratos em um hotel de luxo suíço.
Pouco depois, as autoridades líbias prenderam dois suíços --que foram julgados por "permanência ilegal" e "exercício de atividades econômicas ilegais". Um deles foi libertado na segunda-feira passada (22), mas o outro é mantido detido na Líbia e cumpre uma pena de quatro meses de prisão.
A Suíça, que se mantém neutra e leva uma diplomacia cuidadosa há dois séculos, não fez declarações até o momento sobre a constrangedora declaração de Gaddafi, mas os cidadãos suíços, incluindo os muçulmanos, dizem estar preocupados com uma escalada da disputa diplomática com um governo pouco previsível.
Membro da Zona Schengen --acordo que suprime os controles fronteiriços entre os países signatários--, a Suíça colocou em prática uma política restritiva na concessão de vistos a cidadãos líbios. Esta medida provocou cólera em Trípoli, que decidiu, no dia 14 de fevereiro, fazer o mesmo com os europeus.
Com Reuters e France Presse
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